Tá chegando a hora
Fotos da família, chimarrão e equipamentos: confira o que vai na mala dos enviados do Grupo RBS para a Copa
Parte da equipe já está em deslocamento para a Rússia, que sediará o mundial deste ano.
A partir desta quinta-feira (14), quando Rússia e Arábia Saudita fizerem o jogo de abertura da Copa do Mundo, o planeta estará focado na Rússia, que sedia um dos maiores eventos esportivos do mundo. No Brasil, onde cada torcedor vira técnico, não será diferente – ainda com a expectativa pelo hexa.
Mas, para trazer cada detalhe de uma competição desta grandeza, é necessário um batalhão de profissionais de imprensa que mostram tudo o que acontece por lá. Retratos da Fama faz as malas com cinco estrelas do Grupo RBS (são 20 enviados no total, como Alice Bastos Neves) que levam na bagagem, além de toda a sua experiência, mil expectativas diante deste desafio à vista: mais de um mês de cobertura na Rússia.
Gigante na Rússia
Rumo à sua terceira cobertura de Copa do Mundo, Lucianinho Périco, 42 anos, embarca para a Rússia nesta segunda-feira (11) levando na mala, além de todos os uniformes que usará em suas entradas ao vivo e para trabalhar por lá, uma companhia especial para a viagem. Afinal, serão, pelo menos, 19 horas de voo. E com ele, o livro Paul Mccartney - a Biografia.
— É um livro grosso, porque a viagem é longa — afirma o comunicador.
Outra companhia especial ficará, no entanto, em solo tupiniquim e deixará muita saudade durante o período em que ele passará em terras russas. Trata-se da cachorra Pepê, 10 anos. Na hora das fotos para a reportagem, a fiel companheira chegou até a entrar na mala, de tanta vontade de ir com o dono!
— É a minha parceira, com certeza — resume o colunista do Diário Gaúcho diante de Pepê.
Prático
Na hora de fazer a mala, Lucianinho garante ser prático e diz que levará mais roupas para o trabalho e os agasalhos oficiais do Grupo RBS. Na expectativa, ele se mostra otimista quanto ao desempenho da Seleção e diz que a ideia é mostrar a Rússia com o olhar de um jornalista gaúcho.
Para superar as dificuldades com a língua, ele e os demais enviados do Grupo RBS participaram, na sede da empresa, em Porto Alegre, de um curso pra lá de especial:
— O russo é uma língua muito complexa. Temos um guia de sobrevivência para saber nos comunicar minimamente. Os russos quase não falam inglês, isto será uma dificuldade. Mas aprendemos o básico, como pedir comida no restaurante, os cumprimentos...
Desafio em dose dupla
Esta é a mala a mais complexa da vida de Alice Bastos Neves, 33 anos.
— Eu sempre me passo na hora de fazer malas. Neste caso, são 37 dias! Nunca fiz uma viagem tão longa, nem de férias nem a trabalho. Estou bem confusa — diverte-se.
Além de seus uniformes, itens pessoais e todo o aparato para cabelo e maquiagem - nas viagens pela RBS TV, é ela quem faz a própria produção -, Alice pretende levar tudo o que possa ajudá-la nas reportagens em Moscou:
— Como vou produzir bastante material de fora dos campos, como reportagens sobre cultura e comportamento, vou levar um bom chimarrão e bandeiras do Brasil e do Rio Grande do Sul.
Um mimo vai ajudar a matar a saudade de casa.
— Uma amiga mandou fazer um álbum com fotos minhas e do Martin (seu filho de três aninhos). Dá um tom bem pessoal à minha mala — conta ela, que embarca nesta segunda (11), para o país da Copa.
A distância do pequeno vai ser um desafio:
— Enquanto eu viajo, ele fica com o pai (David Riesinger) e com a minha mãe (Míriam). Dá medo da distância. Vai dar saudade, não tem jeito! Mas vamos usar todos os recursos, fotos, chamadas de vídeo, ligações...
E que presente!
Mas o momento é de alegria e expectativa.
— É uma oportunidade única! A Rússia é um país com questões culturais, econômicas, políticas muito diferentes da nossa. Vou ir além dos jogos e farei uma cobertura multimídia — comemora.
Na mala de volta, Alice espera trazer a taça:
— Faço aniversário no dia 14 de julho, um dia antes da final da Copa. Esta viagem já é um presente. Se o Brasil sair campeão, vai ser melhor ainda!
Te cuida, Pedro!
Pedro Ernesto Denardin, 68 anos, é rápido na resposta quando perguntado sobre o principal item da sua mala para a cobertura desta que será a sua 11ª Copa:
— Vários remédios. Nessa idade, né? Levo medicamento para tudo! Se acontecer alguma coisa, já estou preparado.
São duas nécessaires para os "primeiros socorros". Fora isso, apenas objetos pessoais.
— Faço o meu trabalho todo com o microfone da rádio e pelo celular. Então, é só isso! _ diz ele.
Talismã
Para não se esquecer de nada, Pedro conta com a esposa, Jussara.
_ Além de me ajudar muito com a mala, ela vai me acompanhar. Eu embarco no dia 11 (segunda-feira), e ela, no dia 26. Vai passar 20 dias comigo. Nesta Copa, vou ter companhia além dos colegas de trabalho.
Jussara também é veterana em Copas:
— Vai ser a terceira dela. Ela foi em 1994 (nos Estados Unidos) e em 2006 (na Alemanha). Na primeira vez, o Brasil foi campeão. Ela dá sorte!
A primeira Copa do Mundo do Pedro foi em 1978, na Argentina, com 28 anos. De lá pra cá, trabalhou nas Copas da Espanha (1982), do México (1986), da Itália (1990), dos Estados Unidos (1994), da França (1998), da Coreia do Sul e do Japão (2002), da Alemanha (2006), da África do Sul (2010) e, é claro, do Brasil (2014).
E o russo, Pedro?
— Ah, eu fiz umas aulas, mas não aprendi nada! (risos). Instalei um tradutor no celular, vai me salvar.
Uma honra
Cobrindo a sua terceira Copa, Diogo Olivier, 49 anos, aguarda com expectativa o desembarque em solo russo, para começar os trabalhos.
— Profissionalmente, é o meu maior desafio. E, culturalmente, o mais excitante. É mais do que outra cultura totalmente diferente da nossa. São muitas culturas, muitos povos, muitas estéticas e muitos idiomas dentro de um mesmo país. Será uma experiência fascinante — afirma o comentarista e comunicador.
Incalculável
Na sua mala, Diogo, que embarca neste sábado (nove) para a Rússia já na segunda-feira, não deixará de levar um "equipamento" essencial para qualquer gaúcho que saia do Rio Grande do Sul para uma longa viagem: muita erva para o tradicional chimarrão!
— Ainda levarei uniforme, claro, e os equipamentos. E não sei mais o quê (risos) — afirma, sem se apegar muito.
Nessa história toda, tem um porém. O filho, Pedrinho, 12 anos, e a esposa de Diogo, Simone, ficarão por aqui. Para matar a saudade, dá-lhe ligação de vídeo, como promete o comunicador.
— Ele é um avião em tecnologia. Certamente, me achará por lá — diverte-se ele.
Sobre a cobertura, o jornalista fala com emoção sobre ocupar um posto que já foi de um dos maiores nomes da história do rádio brasileiro: Ruy Carlos Ostermann. Na Rússia, o gaúcho comentará os jogos da Seleção pela Rádio Gaúcha (600 AM e 93.7 FM).
— Ser o comentarista da Gaúcha com a Seleção em uma Copa, função que o Ruy ocupou tantas vezes, é um desafio de proporções incalculáveis. Talvez, o maior nesta cobertura, para mim. E ao lado do Pedro (Ernesto Denardin), ainda por cima — afirma.
Aniversário lá
Desde a Copa do Mundo do Japão e da Coreia, em 2002, a rotina de Maurício Saraiva muda a cada quatro anos, em época de Mundial. E não será diferente a partir de segunda-feira (11), quando o comentarista embarca para a sua quinta Copa, na Rússia. Na mala, ele afirma levar o "mais básico":
— Cuecas, meias, camisetas, calção e tênis de corrida e as peças do uniforme do Grupo RBS para a Copa. Vou completar o guarda-roupa comprando em Moscou, que será a minha base na Rússia — adianta ele, que completará 54 anos em solo russo, na próxima terça-feira (12), bem no Dia dos Namorados.
Como em sua primeira cobertura, o comentarista viu o pentacampeonato de perto, ele espera que, desta vez, consiga trazer para os gaúchos as notícias do hexa.
— Dentro de campo, espero uma Copa de pouca retranca e muita velocidade. Espanha, Alemanha e Brasil são os principais candidatos. Respeite-se Messi e seu protagonismo na Argentina, e a excelente geração belga, que até aqui mais prometeu do que cumpriu — analisa.
Registros
Sobre a expectativa de conhecer o país, Maurício espera desvendar lugares:
— A história está em cada esquina de Moscou. A Fifa costuma fazer eventos de primeira, sabe fazer Copa, seja no primeiro ou no terceiro Mundo. (Fazer) foto na Praça Vermelha (em Moscou) é obrigatório. Vamos conhecer a cidade trabalhando.