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Em pausa na carreira musical, Leo Chaves dá palestras: "A vida é encontrar a nossa melhor versão"

Músico, escritor e, agora, motivador, Leo dá dicas de como se reinventar

03/10/2018 - 09h00min

Atualizada em: 03/10/2018 - 13h13min


Michele Vaz Pradella
Michele Vaz Pradella
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Robinson Estrásulas / Agencia RBS

Reinvenção, motivação, aprendizado. São algumas das palavras que traduzem o atual momento de Leo Chaves. Dois meses após anunciar uma pausa na dupla com o irmão, Victor, ele apresenta ao público sua nova versão. Em Porto Alegre, ontem, para o II Circuito Instrumental, no qual falou sobre desafios profissionais, fama e inteligência emocional, o músico mineiro passou pela Redação do Diário Gaúcho e bateu um "papo cabeça" sobre comportamento, educação e política atuais. 

O que tu trazes da tua história na música para as palestras?

Eu diria que o período mais importante foi quando nós tivemos que lidar com os "nãos". Foi um momento de grande aprendizado. É o que o brasileiro vive hoje. Esta dificuldade de ter motivação, construir algo, mesmo sabendo que o resultado pode não vir. Empreender é aprender a superar todos os dias.

E se reinventar, estar sempre buscando aprender, né?

Isso mesmo, este sentido de reinvenção, como você citou. É estar em metamorfose através do pensamento. A gente se reinventa internamente todos os dias. Você não fica estagnado na vida, não paralisa. É quando você é mais livre, conectado com você, com o seu melhor, que vai encontrar sua melhor versão. A vida se resume, todos os dias, a encontrar a nossa melhor versão.

A gente via um pouco deste teu lado no The Voice Kids, quando tu falavas paras crianças não desistirem. Quais são os momentos inesquecíveis da época do programa?

O The Voice me trouxe esta vivência do programa ao vivo, foi uma experiência que me trouxe um aprendizado enorme no que diz respeito à habilidade de concentração, conexão com a plateia. Sobre as crianças, foram tantos momentos incríveis que deixaram marcas, tantas lágrimas... No The Voice Kids, eu via o comportamento das crianças no palco, uma atitude mais altruísta, mais benevolente, mais solidária. 

Havia muita união entre elas, que mostra que temos muito o que aprender, não é?

Exato. E estes valores via, claramente, naquela geração, de oito a 14 anos. Será que, quando esta criança estiver inserida no mercado de trabalho, ela vai ter este comportamento? Até que ponto a nossa sociedade educa ou corrompe o ser humano? A ideologia competitiva predatória é um dos problemas que temos no Brasil. Por que eu preciso enfraquecer o outro pra estar por cima? O ideal é você ganhar de você mesmo todos os dias. Ganhe do seu ontem. 

Como motivar as pessoas no período eleitoral, em que os ânimos estão tão acirrados?

A eleição talvez amplifique a tensão social por sabermos que tudo pode mudar. Eu vejo muitos artistas se pronunciando, dizendo para não votar neste ou naquele. Quando você é um formador de opinião, é muito perigoso. Acho perigoso um artista se aproveitar de uma posição social em evidência para mudar a opinião dos outros. Eu me posiciono no sentido de incentivar as pessoas a conhecerem o candidato em quem vão votar, pesquisar e estudar.


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