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Conheça k-Róu, funkeira de  discurso empoderado, que já abriu show de Pabllo Vittar

Cantora, de Canoas, começou a carreira influenciada pelo pai, fã de música nativista

15/01/2019 - 07h00min


José Augusto Barros
José Augusto Barros
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Influenciada pelo pai, Teodoro, fã de música tradicionalista, e que embalava os churrascos de família cantando muita música nativista, Carol Teodoro, 29 anos, sabia, desde a adolescência, que seu futuro era no universo musical. Porém, não imaginava que escolheria um ritmo tão diferente do que o pai gosta, o funk.

Camila Domingues / Agencia RBS
Carol: funk empoderado

— Tenho contato com a música desde cedo, e a influência dele sempre foi muito presente. Sempre tinha violão e cantoria nos churrascos. Gostava muito de dança e de música, mas sempre fui muito tímida — relembra Carol. 

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Timidez

Para tentar superar, aos poucos, a sua timidez, Carol começou a fazer oficinas de teatro, e participou de pequenos shows. 

— Foi uma evolução natural, fui entrando no mundo artístico aos poucos — conta.

Há cerca de três anos, ela resolveu tentar colocar a timidez de lado de uma vez, e lançou um projeto com uma drag queen, voltado para o público LGBT+. Mesmo com o trabalho, ela pensava em carreira solo, e já flertava com o funk. Mas, curtindo o gênero dançante, ela queria fazer algo diferente. Logo no começo de sua trajetória solo, abriu o show de Pabllo Vittar, em Porto Alegre, no ano passado. Mas queria mais. 

— Sempre quis fazer algo diferente do que temos, hoje, no funk. Não queria músicas e clipes com meninas dançando, ostentação de carro, bebidas — afirma Carol, que passou a usar o nome artístico k-Róu. 

Nesta batida, ela lançou o clipe Na Minha Mão, com a participação do ator gaúcho Werner Schünemann. Ela teve a ideia do vídeo ao lado de seu empresário, Diego Garcia. 

— O clipe mostra o drama de uma princesa que é sempre insultada e humilhada pelo príncipe. Um dia, ela sai pela floresta e encontra um mago, (interpretado por Werner) que lhe dá uma poção. Ela acorda nos dias atuais, já em um baile funk, toda empoderada. E faz príncipe “comer na mão” dela — explica k-Róu, para completar:

A cantora, durante gravação do clipe, com Werner

— Adotei o estilo e estou muito feliz com o resultado. Na tarde desta terça-feira (15), a canoense gravou a sua nova música, O Grave da Flautinha.

— O clipe estará saindo do forno até o Carnaval. Se Deus quiser, vai ser hit — acredita.

Pitaco de Quem Entende 

Adriano Brasil fala sobre o som da funkeira:

— Ainda existe um espaço a ser preenchido pelas mulheres no funk. Além de uma produção excelente no seu clipe, há de se ressaltar que ele foge daquele padrão de ostentação. Parabéns!

Aqui, o espaço é todo seu

— Para participar da seção, mande um pequeno histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas e vídeos e um telefone de contato para jose.barros@diariogaucho.com.br.

— Para falar com a cantora, ligue para 98541-7961.



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