Em 2015, após experiências em grupos de pagode como o Ah Vera (atualmente extinto), um grupo de amigos do bairro Santa Isabel, em Viamão, decidiu que queria algo mais do que tentar ganhar dinheiro e ficar famoso com a música. Ali, nascia o projeto social Hoje Tem Samba. Além de uma banda tradicional, o grande diferencial da iniciativa dos viamonenses é que os shows do grupo não têm fins lucrativos.

— Essa história começou quando fizemos um pagode solidário, na Santa Isabel, que fez bastante sucesso. Depois, conversamos e pensamos: "vamos abraçar uma causa social?". Juntamos algo que a gente gosta, a música, e ajudamos as pessoas — lembra Jailson, vocalista.

A partir dali, o grupo passou a se apresentar em eventos comunitários, sem cobrar cachê. Em vários deles, além de fazerem o show, os músicos também compravam itens que ajudavam na a festa.

— Quando o evento é social, a gente coloca a banda para tocar sem ganhar. Todos têm outra atividade. O projeto é uma reunião de amigos em prol de uma causa. Tanto é que nossa proposta, por enquanto, não tem músicas próprias. O projeto é o nosso hobby, que ainda ajuda os outros — assegura.

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Caridade

Além dos shows comunitários, o Hoje Tem Samba cria eventos especiais, para ajudar entidades e pessoas da região. Em 2018, por exemplo, o grupo fez um show na Santa Isabel, para auxiliar uma creche. No final, tudo o que foi arrecadado com os serviços de copa, por exemplo, (cerca de R$ 6 mil), foi doado para a entidade.

— Reunimos em torno de 600, 700 pessoas. Depois, fizemos outro evento para ajudar um menino aqui da comunidade, que tem um tumor no rosto. Arrecadamos cerca de R$ 4 mil — comemora.

Para 2019, o grupo projeta aumentar a participação neste tipo de evento. O próximo, segundo Jailson, deve ser uma festa junina:

— Conciliar o que a gente gosta, a música, com trabalho social não tem preço. Por isso, nem pensamos muito naquela coisa de "vamos gravar algo, expandir a banda". Além de Jailson, ainda integram a banda Jean (tam-tam), Roger (surdo), Rodrigo (pandeiro), Jorginho (violão e voz) e Jeeh (reco-reco).

Mostre seu trabalho por aqui

— Para falar com o grupo, ligue para 98175-5876.

— Para participar da seção, mande um pequeno histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas e vídeos e um telefone de contato para jose.barros@diariogaucho.com.br.

Pitaco de Quem Entende 

Lelê, vocalista do Louca Sedução, fala sobre o trabalho do Hoje Tem Samba:

— Poxa, eles são feras! Músicos de mão-cheia que, há anos, defendem a bandeira do samba tanto em Viamão, como na Capital. Destaco os dois cantores do grupo, Jailson e Jorginho, que são diferenciados.