Falando de Sexo
Saiba o que caracteriza o vaginismo, suas causas e tratamento
Não é frescura, mas um distúrbio sexual sério
Tenho dificuldades na penetração com a minha esposa. Já tive outras relações sexuais, sei que não sou tão ruim de cama. Gosto de preliminar, de trocar carinho, de usar acessórios ou de algo para ajudar. E, mesmo assim, é difícil ou quase impossível uma penetração. Estava procurando na internet e achei que pode ser vaginismo. Algo que me chamou atenção foi que a minha esposa não aceita nem fazer exame de toque.
No começo, parece um incômodo passageiro. Mas aquela dorzinha no ato sexual logo torna-se um grande problema, e o prazer desaparece.
Ao contrário do que pode parecer, o vaginismo não é frescura, mas um distúrbio sexual sério que tem tratamento quando diagnosticado. Cerca de 5% da população feminina já sofreu ou vai sofrer de algum grau de vaginismo.
Caracteriza-se pela contração involuntária dos músculos da região pélvica e do canal vaginal, impossibilitando a penetração.
Causas e sinais
Fatores psicológicos interferem no físico da paciente. O tratamento passa, primeiro, pela parte psicológica e, depois, pela fisioterapia.
Tem início com sessões de relaxamento e de conscientização corporal, fazendo com que ela passe a se conhecer e a perceber as reações que estão ocorrendo em seu corpo, para, aos poucos, ter domínio sobre ele. Requer muita paciência.
Três fatores influenciam no vaginismo. O cultural, devido a uma criação repressora, que leva a informações errôneas ou ausentes sobre o sexo. O religioso, que associa o sexo ao pecado, gerando um incontrolável sentimento de culpa. O trauma decorrente de abusos também pode gerar esse quadro. Veja os sintomas e procure ajuda:
— Dispareunia: dor persistente e recorrente no ato sexual.
— Hostilidade à figura masculina: a paciente pode ter presenciado ou sofrido maus-tratos durante a infância, adolescência ou até mesmo na vida adulta.