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Estrelas da Periferia

Conheça o músico que divide seu tempo entre os palcos e o trabalho no açougue

Carlos Oliveira, de Santa Cruz do Sul, divide-se entre o sertanejo e o trabalho em um súper. E já tem hit nas paradas.

21/05/2019 - 07h00min


José Augusto Barros
José Augusto Barros
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Natural de Santa Cruz do Sul, Carlos Oliveira, 30 anos, divide-se entre duas atividades bem diferentes: o trabalho no açougue e a música. O sertanejo começou na música  aos 12 anos, em um barzinho que ficava atrás de sua casa.

Júlio Cordeiro / Agencia RBS
Carlos, que divide seus dias entre a música e o trabalho no açougue

— Carregava as minhas caixas de som e ia lá tocar sozinho. Depois, toquei em bandas de baile, de pop rock e nativistas. Acredito que veio daí a minha bagagem — explica o cantor, que hoje está em carreira solo.

Apelido pegou

Além da música, Carlos mostra as suas habilidades atrás do balcão, selecionando cortes de carne para  clientes e coordenando o açougue de um supermercado em Santa Cruz do Sul. 

— Neste ano, completo 18 anos de carreira na música. Mas nunca larguei a minha profissão. Fui sempre conciliando o Carlos cantor com o Carlos que trabalha no açougue. Tanto os meus colegas quanto os clientes sabem que canto. E me incentivam, pedem uma palhinha —conta ele.

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A rotina dividida nunca foi motivo para desistir dos sonhos. E Carlos até se diverte com o apelido ganho.

— Quando eu comecei, o pessoal brincava muito, lembrando que o Leonardo, antes de fazer dupla com o Leandro (morto em 1998), colhia tomate. Eu virei o açougueiro-cantor — lembra, aos risos. 

Só com os tops

Os colegas tanto incentivam e gostam da sua versão músico que se beneficiam disso. Durante as confraternizações, ele é "convocado" a se apresentar. Como foi na festinha mais recente de Dia das Mães. 

E, mesmo com todas as dificuldades do mundo artístico, Carlos tem motivos para comemorar. Uma de suas mais recentes canções, Espera Amor aparece em 57º lugar na lista da ConnectMix (que monitora a execução de canções em rádios no país), entre as 100 mais tocadas, dentro do sertanejo no Rio Grande do Sul. O hit aparece empatado com outros de gigantes como Bruno & Marrone (e a faixa Sua Melhor Versão) e Marília Mendonça (Amante Não Tem Lar). 

Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Na firma, na desta do Dia das Mães

— É uma grande honra e um baita reconhecimento saber que as pessoas ouvem a minha música. Estar no mesmo ranking que os meus ídolos mostra que eu acertei em optar por canções próprias — afirma.

Cheio de gás, o açougueiro-cantor deve lançar mais canções autorais nos próximos meses. E seguir distribuindo simpatia onde quer que sua música chegue. 

Pitaco de Quem Entende 

Martin TJ, da 92 (92.1 FM), fala sobre o trabalho de Carlos:

— Gostei do som. Tem uma banda boa, e ele já vem com clipe, o que é meio caminho andado atualmente — elogia o comunicador que deixa a sua dica:

— Com a boa voz que ele tem, poderia dar uma "forçada" em algumas partes da música, no estilo do que Bruno, da dupla com Marrone, faz. Pode ser mais "agressivo" em algumas partes da canção para ganhar um tom diferente.  

Mostre seu trabalho por aqui

— Para participar da seção, mande um pequeno histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas e vídeos e um telefone de contato para jose.barros@diariogaucho.com.br.

— Para falar com Carlos, ligue para 99654-5335.



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