Em rede nacional
Cristina Ranzolin fala sobre expectativa para o "Jornal Nacional": "Vai dar um friozinho na barriga"
Jornalista da RBS TV irá ancorar o JN, abrindo as comemorações de 50 anos do telejornal
O próximo fim de semana marca os 50 anos do Jornal Nacional, comemoração que terá gostinho gaúcho. Nesta terça-feira (27), um dia antes de Cristina Ranzolin embarcar para o Rio de Janeiro, o estúdio da RBS TV estava em clima de festa. Por onde passava, a âncora do Jornal do Almoço recebia abraços e mensagens de boa sorte.
— Cris, você vai arrasar muito, todo mundo está torcendo por você, vai com força total, mulher — disse Brunna Colossi, que apresenta a previsão do tempo no JA, no intervalo, momentos antes de entrar no ar.
No sábado, a RBS TV será a primeira afiliada da Globo a ter um representante na bancada do JN ao longo do rodízio de jornalistas de todo o Brasil que apresentarão o telejornal nos finais de semana, até 30 de novembro. Cristina dividirá a bancada do principal telejornal do país com Márcio Bonfim, da Globo Recife.
Não bastasse a expectativa pela estreia no JN, Cristina enfrentou um pequeno dilema nos últimos dias: teve uma crise de faringite na quinta-feira passada, mas já está em recuperação.
— Cheguei a ficar sem voz no sábado, esse clima não tinha me pegado ainda. Mas foi só um sustinho, estou medicada e melhor — tranquilizou Cristina.
A gaúcha conheceu o estúdio atual do JN no início deste ano e conta que é espaço “muito imponente”, já que a bancada se encontra no meio da Redação, com câmeras de alta tecnologia.
— Estou tranquila, mas sinto que, na hora, vai dar um friozinho na barriga, sim. É muito diferente do modelo que trabalho diariamente — conta.
Nesses dias que antecedem a participação, ela irá gravar pilotos e sentir mais de perto o clima dos bastidores do Jornal Nacional. Não é a primeira vez que Cristina irá pisar no prédio da Globo Rio. Entre 1993 e 1996, ela foi chamada para cobrir férias da apresentadora do RJTV e, no mesmo dia em que chegou aos estúdios, logo foi recrutada para substituir Fátima Bernardes no Jornal da Globo. A jornalista lembra que não teve nem tempo de avisar a família. Chegou à capital fluminense por volta do 12h e, nas primeiras conversas, o diretor de jornalismo Carlos Henrique Schroeder logo falou que ela estaria no telejornal noturno.
— Achei que era uma brincadeira! Eu estava de calça jeans, de tênis. Daí, eles disseram: “Não, é verdade! Tu tens um blazer?”. Respondi: “Olha, a minha mala tá no hotel, nem abri ela ainda”. Busquei a roupa e voltei para a emissora para ancorar o jornal. Um tio meu que estava jogando cartas enquanto assistia ao Jornal da Globo, naquele dia, ficou assustado quando me reconheceu na TV — relembra Cristina, aos risos.
Reencontro
Após substituir Fátima por um período, foi realocada para o Jornal Hoje, com William Bonner, com quem dividiu a bancada até 1996. O retorno à Globo para a apresentação do JN no próximo sábado é emblemático: ela tinha 26 anos quando estreou na emissora carioca e agora, 26 anos depois, está de volta. Na década de 1990, Cristina dividiu a Redação da Globo com nomes como Cid Moreira e Sérgio Chapelin, seus ídolos, dupla que fez história no Jornal Nacional. No dia a dia, o contato era mais direto com Bonner:
— Ele sempre foi muito profissional mas, nos bastidores, tinha um jeito brincalhão. Além disso, nós éramos muito parceiros, sentíamos muito o impacto da informação. Quando noticiamos a morte de Ayrton Senna e dos Mamonas Assassinas, por exemplo, mantínhamos a seriedade durante o jornal e, nos intervalos, acabamos chorando.
Mesmo com 30 anos de experiência, Cristina nunca tinha se imaginado na ancoragem do JN, que está mais dinâmico em seu formato e sempre presente em sua rotina: ela assiste todos os dias ao telejornal apresentado por Bonner e Renata Vasconcellos.
— O JN é o top do top mesmo. Sou fã da Renata e de toda a sua tranquilidade, mas não tinha passado na minha cabeça que poderia estar no mesmo lugar que ela. Está sendo tudo muito legal. Será a mesma Cristina do JA, adaptando-se ao telejornal, mas com meu jeito gaúcho de ser – garante.