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Em tratamento

Não há cura para a leucemia que tenho, diz Susana Vieira

Aos 77 anos, atriz volta à televisão ao mesmo tempo em que lida com doença grave

29/08/2019 - 09h08min


GZH
Raquel Cunha / TV Globo,Divulgação
Aos 77 anos, Susana Vieira fará papel de tia Emília na nova versão de "Éramos Seis", que estreia na Globo em outubro

Confirmada na nova versão de Éramos Seis, novela que marcou a televisão brasileira nos anos 1990 e ganhará adaptação da Globo, a atriz Susana Vieira falou sobre o processo de tratamento contra uma leucemia linfocítica crônica que está enfrentando nos últimos anos. 

Aos 77 anos, a atriz garantiu que a doença está controlada. No entanto, confessa que levou um susto quando recebeu o diagnóstico. Ela costumava se vangloriar de envelhecer sem nunca ter tido problemas graves de saúde.

— Chegar aos 70 sem doença nenhuma era algo de que me orgulhava. Não posso falar que seja arrogância, porque se tratava de uma vitória, uma bênção de Deus e sinal de que fiz escolhas certas na vida — contou em entrevista ao portal Uol divulgada nesta quarta-feira (28).

Envolvida com o tratamento, Susana acabou ficando sem gravar novelas desde A Regra do Jogo (2015). Pediu para voltar a Silvio de Abreu, diretor geral de dramaturgia da Globo, e acabou ganhando o papel de tia Emília na produção de época que deve estrear em outubro.

A ideia é não parar de trabalhar, já que a leucemia não tem cura. Diante do diagnóstico irreversível, Susana demonstra aceitação. 

— Quando descobri que estava com leucemia, descobri também que não existe cura para o tipo que tenho. É crônica. Vou conviver com a doença para o resto da minha vida. Foi o que mais me assustou, porque me perguntei como trabalharia fraca daquela maneira. Além disso, naquele momento, descobri também uma anemia hemolítica autoimune e não podia fazer transfusão de sangue. Minha preocupação era o trabalho, pois é o que mais amo fazer — confessou. 

A atriz foi melhorando com o tempo e recobrando o ânimo. Diz que nunca rezou pedindo a cura para sua doença, e que aprendeu a ser feliz mesmo sem estar à frente das câmeras.

— Não pedi nenhuma vez. Fiquei pensando no que as pessoas passam e não me permiti questionar "por que comigo?". Por que não? Sou igual a todo mundo. Então aceitei — disse.  


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