Em tratamento
Não há cura para a leucemia que tenho, diz Susana Vieira
Aos 77 anos, atriz volta à televisão ao mesmo tempo em que lida com doença grave
Confirmada na nova versão de Éramos Seis, novela que marcou a televisão brasileira nos anos 1990 e ganhará adaptação da Globo, a atriz Susana Vieira falou sobre o processo de tratamento contra uma leucemia linfocítica crônica que está enfrentando nos últimos anos.
Aos 77 anos, a atriz garantiu que a doença está controlada. No entanto, confessa que levou um susto quando recebeu o diagnóstico. Ela costumava se vangloriar de envelhecer sem nunca ter tido problemas graves de saúde.
— Chegar aos 70 sem doença nenhuma era algo de que me orgulhava. Não posso falar que seja arrogância, porque se tratava de uma vitória, uma bênção de Deus e sinal de que fiz escolhas certas na vida — contou em entrevista ao portal Uol divulgada nesta quarta-feira (28).
Envolvida com o tratamento, Susana acabou ficando sem gravar novelas desde A Regra do Jogo (2015). Pediu para voltar a Silvio de Abreu, diretor geral de dramaturgia da Globo, e acabou ganhando o papel de tia Emília na produção de época que deve estrear em outubro.
A ideia é não parar de trabalhar, já que a leucemia não tem cura. Diante do diagnóstico irreversível, Susana demonstra aceitação.
— Quando descobri que estava com leucemia, descobri também que não existe cura para o tipo que tenho. É crônica. Vou conviver com a doença para o resto da minha vida. Foi o que mais me assustou, porque me perguntei como trabalharia fraca daquela maneira. Além disso, naquele momento, descobri também uma anemia hemolítica autoimune e não podia fazer transfusão de sangue. Minha preocupação era o trabalho, pois é o que mais amo fazer — confessou.
A atriz foi melhorando com o tempo e recobrando o ânimo. Diz que nunca rezou pedindo a cura para sua doença, e que aprendeu a ser feliz mesmo sem estar à frente das câmeras.
— Não pedi nenhuma vez. Fiquei pensando no que as pessoas passam e não me permiti questionar "por que comigo?". Por que não? Sou igual a todo mundo. Então aceitei — disse.