Tudo por eles
De Toronto a Porto Alegre: gaúcha encara voo com duas escalas só para ver Sandy e Junior
Bruna Gross Derzete vai fazer uma passagem rápida pela cidade natal apenas para assistir a seu terceiro show dos ídolos
Fãs percorrem quilômetros para encontrar seus ídolos. A partir desta quarta-feira (18), Bruna Gross Derzete, 29 anos, vai encarar uma viagem de Toronto, no Canadá, com escalas em Miami e São Paulo para chegar a Porto Alegre, onde Sandy e Junior se apresentam no sábado (21), na Arena do Grêmio.
Serão cerca de 8,6 mil quilômetros e 24 horas entre aviões e salas de espera de aeroportos para rever a dupla de quem é fã desde criança. Quando os irmãos anunciaram a turnê Nossa História após 12 anos separados, a gaúcha nascida e criada na Capital não teve dúvidas de que viria até o Brasil para prestigiar a volta aos palcos de seus artistas favoritos, ícones de sua infância.
Bruna quase comprou ingresso para o show no Rio de Janeiro, uma das primeiras cidades confirmadas na turnê. Mas, dando ouvidos a boatos, decidiu aguardar uma possível apresentação em Porto Alegre, incluída posteriormente graças aos apelos dos fãs gaúchos.
— Não perderia isso por nada — diz Bruna por telefone, enquanto chama no aplicativo um carro que a levará até o aeroporto.
Ela se mudou com o marido para o Canadá em 2015. Em Toronto, trabalha em uma empresa de jogos virtuais gerenciando novos projetos. Gastou pouco mais de mil dólares canadenses (cerca de R$ 3,5 mil) entre passagens de avião e entradas para a apresentação da dupla na Arena, a quem irá acompanhada da mãe. Ficará apenas cinco dias na cidade natal, uma passagem rápida para abraçar familiares e, preferencialmente, rever Sandy e Junior.
Será sua terceira vez diante da dupla, e de novo em Porto Alegre. Tinha 12 anos quando foi a um show no Gigantinho, em 2001, e 13 quando os reviu no Beira-Rio, no ano seguinte. Já estava madura quando os irmãos, também crescidos, vislumbraram novos caminhos, seguindo rumos diferentes a partir de 2007. Quando a turnê comemorativa foi anunciada, emocionou-se como fazia antigamente.
— Chorei quando anunciaram o término da dupla e chorei quando anunciaram a volta — admite Bruna.
Em Porto Alegre, poderá remexer em CDs e objetos que colecionou na infância e foram mantidos pela família quando mudou-se para o Exterior. São cartazes, adesivos, fotos de Sandy retratada como a grande inspiração das meninas e pôsteres em que Junior posa como o galã das adolescentes. Um retorno às origens embalada pela trilha sonora de sua infância.
— As músicas deles sempre me deram uma sensação boa de nostalgia, de infância — confessa.