A terceira temporada do PopStar estreia no próximo dia 27, mas os participantes já estão se preparando para soltar a voz no reality musical da Globo. Desde 2017, o programa escala famosos para cantarem e serem avaliados ao vivo por jurados e pela plateia.  

GaúchaZH participou, na tarde desta terça-feira (8), de um bate-papo exclusivo e intimista com o elenco do programa nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro. Entre os 13 participantes, há atores, um jornalista e até um goleiro. São eles: Babi Xavier, Claudia Ohana, Eriberto Leão, Helga Nemeczyk, George Sauma, Leticia Sabatella, Marcelo Serrado, Nany People, Robson Nunes, Totia Meireles, Yara Charry, o repórter Danilo Vieira e o atleta Jakson Follmann, sobrevivente da tragédia do avião da Chapecoense.  

Pelo segundo ano seguido, Taís Araujo irá comandar a atração. Para ela, o ganhador do reality não é quem canta melhor, mas sim quem cresce mais no trajeto.  

— O que todo mundo quer fazer é um bom show para um domingo à tarde. Só que é ao vivo. E depende muito de uma coisa que é incontrolável, que é o emocional. Fica todo mundo na vulnerabilidade e é isso que faz do programa encantador. Ele vai para uma parte muito humana, todo mundo fica no mesmo lugar — disse a apresentadora. 

Neste ano, a atriz irá conciliar a apresentação do PopStar com as gravações da próxima novela das nove, Amor de Mãe. Porém, Taís afirma que não será difícil encarar o trabalho dobrado:

— Comecei a gravar as externas há dois meses, mas agora durante a semana estou mais liberada para o PopStar por conta dos ensaios e das gravações. E, depois, vai ser só aos domingos, ao vivo, então ficou tranquilo para mim.  

Vice-campeão na última temporada do PopStar, o ator João Cortês agora volta para a atração como repórter para contar os bastidores do programa. Ele terá um espaço reservado, chamado de “Cafofo do João”, para receber os participantes.  

— Nessa edição, vai ser um pouco diferente. Vamos ter um mezanino onde eu vou ficar quando estiver acontecendo a apresentação, mas eu vou transitar pelo palco. Vou entrevistar a galera na plateia, os participantes. Está sendo muito louco, estou dando conselhos para uma galera que é veterana. Estou dizendo para eles respirarem, mas cada um vai viver sua jornada no PopStar — contou, animado.  

Os participantes estão encarando uma semana de ensaios. As gravações da primeira etapa do programa ocorrem nesta quarta (9) e quinta-feira (10). Na segunda parte do PopStar, as apresentações serão ao vivo.  

Confira as expectativas de cada integrante do elenco para a estreia

Jackson Follmann, atleta:

— É mais um desafio na minha vida. A música sempre foi importante na minha vida. Vou tentar levar um pouco da frieza de ser goleiro, do controle do nervosismo, para se apresentar na frente das câmeras. 

Helga Nemeczyk, atriz :

— Ter uma experiência maior com canto é uma coisa boa. O que está me deixando mais nervosa é não estar escondida atrás de um personagem e ser eu. Será que pessoas vão gostar de mim, Helga? Porque fazer o Show dos Famosos atrás de um personagem foi difícil para caramba, mas eu estava escondida. No teatro musical, eu também estou escondida atrás do personagem, não sou eu. Aqui sou eu, é a minha cara. 

Babi Xavier, atriz:

— Depois que o programa começa, tem muito retorno do público também. Algumas músicas do meu repertório foram fãs que me mostraram em outras épocas. Só não esperem de mim ginástica vocal, isso é para o The Voice (risos). O PopStar é a construção do contexto. Vou ser bem pé no chão. 

Marcelo Serrado, ator:

— Eu já fui jurado do PopStar no ano passado, mas agora é pânico total. Eu vou cantar o que ouço em casa, o que eu gosto, o que meus filhos gostam de ouvir. Eu criei uma história para mim em cada música para entender o que eu estou falando. Isso facilita para mim que sou ator. Se eu me divertir, certamente as pessoas vão se divertir. 

Totia Meireles, atriz: 

— Eu não sei nem quem é a Totia cantora. Vou tentar inventar uma personagem para fazer isso. A partir do terceiro, quarto programa, a gente vai conseguir entender melhor a nossa desenvoltura. A parte mais difícil é escolher o repertório. Eu estou cantando a história da música, e espero que o público acompanhe a história. Quero fazer bonito para agregar. 

Danilo Vieira, jornalista : 

— Achei o convite uma temeridade (risos), mas muito legal, pois sempre gostei de estar perto da música. Eu vou ter que cantar a música de uma forma profissional, aí você vai percebendo os detalhes e é confrontado com uma coisa que você não sabe o que vai ser. Eu estou aqui para compor, o meu negócio como jornalista é falar mais sobre o talento alheio do que do meu. Isso é um parêntese na minha história como repórter. 

Robson Nunes, ator: 

— Quando eu vou criar um personagem, principalmente cômico, eu penso antes na música. E mesmo nas outras produções, eu gosto de ter uma música para aquele personagem. O Tim Maia foi meu primeiro trabalho relacionado à música, mas nos primeiros meses eu estava surtando. E eu fiz ele quando jovem, e tive que fazer aulas de violão, bateria, mas não sabia nada. E aí comecei a estudar os trechos que estavam no filme. Agora o PopStar é outra onda, eu subi agora no palco, estava tudo ensaiado, mas quando você pisa no palco é uma adrenalina absurda. 

Eriberto Leão, ator: 

— A música como instrumento de mudança, de questionamento e de evolução me interessa muito, ainda mais em um momento que todo mundo sabe tudo, ninguém ouve ninguém apesar de todo mundo falar ao mesmo tempo. A música consegue romper essas barreiras. 

Letícia Sabatella, atriz 

— O PopStar foi se tornando instigante, perigoso, desafiador, tem todos os riscos de uma grande aventura. E tem muito afeto, porque a música tem isso, mexe com as nossas histórias, nosso íntimo. Fazer as pessoas cantarem é uma medicina, a gente resistir com essa alegria. Estou indo com muita delicadeza com as músicas, tentando pegar algo mais conhecido, mas ao mesmo tempo que eu diga alguma coisa através delas, mesmo que seja sutilmente. O programa é um grande mostruário de talentos. De fundo, temos uma competição, mas estamos ali para que as pessoas nos assistam. 

George Sauma, ator: 

— Vou conseguir conciliar o Zorra com o PopStar. Sou compositor, toco piano, tenho um show autoral de músicas. Como é um programa superpopular, para domingo à tarde, então eu resolvi trazer o pagode com uma pegada mais Djavan, para ser um popular sofisticado. Eu sou naturalmente extrovertido, mas as minhas escolhas de canções não estão indo para o cômico. Eu estou tentando me levar a sério, mas sempre vai ter alguma coisa divertida, como essa abordagem diferente do pagode. 

Yara Charry, atriz: 

— Eu aprendi a tocar violão, violino, porque sempre gostei de cantar e de música clássica. Eu sabia que o PopStar existia, mas quando me chamaram eu fiquei, tipo: sério? (Risos). Eu estou buscando mostrar quem sou eu. Me conhecem da Malhação, de Velho Chico, mas quem é a Yara? Espero passar o que a música tem, porque quando eu escuto uma música, eu também sinto o cantor. Vou tentar trazer uma variedade que eu curto. Vai rolar uns tons de música clássica, sim, e vai ter com certeza música francesa, pois passei 18 anos da minha vida lá. 

Cláudia Ohana, atriz: 

— Aqui é você sendo você mesmo, diferentemente de ser ator, onde interpretamos um personagem. Ao mesmo tempo é incrível, desde pequena tinha vontade de ser cantora. É ridículo dizer, mas sempre tive um sonho de ser popstar (risos). Dá medo de desafinar, de cair no palco, assim como no palco de teatro, mas no teatro você levanta e amanhã tem outra sessão. Aqui é diferente: errou, ficou. Você tem um take, e tem que passar tudo da música naquele 1min30s. 

Nany People, atriz: 

— Temos que mostrar alegria, emoção, o show todo. O legal do PopStar é que você canta uma trilha que você escolhe. Pelo meu perfil, as pessoas acham que eu vou sair de um kinder ovo e fazer um estardalhaço. Agora é outro momento, outra rotação. Uma Nany mais intimista, mais poética, mais romântica e mais humanitária. Eu não vou militar, eu vim aqui para cantar, me divertir e não desafinar. Eu milito na minha vida. Se eu cheguei aos 54 anos viva, é porque eu militei, né?

* A jornalista viajou ao Rio de Janeiro a convite da Globo.