Noveleiros
Michele Vaz Pradella: "Éramos Seis" encanta pela simplicidade
Sem grandes sobressaltos, o melhor da trama está nos detalhes e nas atuações
A primeira semana de Éramos Seis foi bem diferente dos capítulos iniciais de Órfãos da Terra. Se a trama anterior impressionava pelas cenas de ação, destruição, guerra, ódio e produção hollywoodiana, na novela que acaba de estrear o encanto está na simplicidade.
Na primeira semana, Éramos Seis não trouxe grandes sobressaltos, barracos ou paixões avassaladoras. O acerto, aqui, está nos detalhes e na sutileza. A identificação do público com os pequenos dramas de Lola (Gloria Pires) e Júlio (Antonio Calloni), como ter o dinheiro contadinho para as compras da semana e, de repente, uma doença consumir todas as economias da família. Quem nunca passou por isso ou, pelo menos, ouviu sua mãe ou avó relatar tempos de dificuldade?
Protagonismo infantil
Um dos grandes acertos de Éramos Seis é apostar nas cenas com o núcleo infantil. Pequenas travessuras, brigas e a magia do primeiro amor são mostradas com a mesma importância dos dramas adultos. O elenco jovem, talentoso e afinado, tem tanto destaque quanto os veteranos. É uma novela para todas as idades.