Noveleiros
Michele Vaz Pradella: Amor de mãe pode ser tóxico
Nas novelas atuais, há péssimos exemplos de figuras maternas
Desde que Amor de Mãe estreou, há vários questionamentos em torno dos limites desse sentimento. Há quem garanta que o amor materno não tem limites e, como disse Lurdes (Regina Casé) nas primeiras chamadas da novela, "pelos meus filhos eu mato e morro". Mas nem sempre as mães estão seguindo o melhor caminho.
Em Éramos Seis, Emília (Susana Vieira) sempre garantiu que a filha Justina (Julia Stockler) tivesse uma vida confortável. Longe da sociedade. A jovem, que sofre de transtornos mentais _ autismo ou esquizofrenia, não fica bem claro na trama _ foi apartada desde cedo do convívio com a família, o que inclui até sua irmã mais nova, Adelaide (Joana de Verona). Nos próximos capítulos, a milionária será capaz de dopar Justina, com o intuito de "protegê-la" de lembranças dolorosas do passado. Com uma mãe dessas, pra que inimiga?
Amor ou loucura?
Voltando à trama das 21h, Amor de Mãe é o que existe de sobra no coração de Thelma (Adriana Esteves). O problema é que ela sempre sufocou o filho Danilo (Chay Suede), sempre o manteve superprotegido e surtou quando o rapaz saiu de casa. No auge da loucura, furou as camisinhas do filho, provocando a gravidez de Camila (Jéssica Ellen). Tudo porque tem o sonho de ser avó antes de morrer. Esse absurdo vai ser difícil de perdoar, né?