De Viamão, terra onde o Rei dos Trovadores, Gildo de Freitas (1919 – 1982), escolheu para morar durante boa parte de sua vida, vem o Cambichos. O grupo, que, no dia 1º de maio completa dois anos, surgiu após diversas conversas e reuniões entre seus integrantes, todos artistas experientes da música gaúcha. 

Evidentemente, a obra de Gildo, um dos grandes nomes do cancioneiro popular do Rio Grande do Sul, se tornou referência para a banda.

- Ele serve de inspiração para qualquer piá que gosta de música gaúcha, e eu não era diferente. Tocamos várias obras do Gildo, como Eu Não Sou Convencido e Lembrança do Passado, que fizeram parte de nossa infância. Nos orgulhamos de representar a terra que Gildo escolheu para morar durante boa parte da vida - afirma Wagner Nunes, um dos vocalistas do Cambichos. 

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Os músicos também se inspiram em grupos históricos dos bailes daqui, como Os Monarcas. E bebe na fonte de nomes mais recentes, como João Luiz Corrêa, com a missão de erguer a bandeira do gauchismo:

- Como temos uma identidade forte de banda de baile, que retrata em sua essência a cultura gaúcha, temos uma missão, que é a de estimular os pais a levarem seus filhos aos CTGs, para que mantenham forte a chama da tradição.

Primeiro álbum 

No primeiro disco da banda, batizado de #FirmaObraçoGauchada, disponível nas plataformas digitais, os gaudérios colocam em prática o que sempre defenderam. É um álbum típico de grupos de baile gaúchos, com canções pra cima, agitadas e dançantes.

- Acreditamos que a música gaúcha tem um valor enorme e nos comprometemos em defendê-la com unhas e dentes, assim como a nossa cultura. A banda é focada e comprometida em defender a cultura gaúcha - assegura Wagner. 

O disco, que tem a maior parte de faixas autorais, traz participações de luxo, como Walther Morais (em Criado em Galpão), Xirú Missioneiro (em Corpo Esgualepado) e o pastor Marcelo Gaúcho (em Pataço de Avestruz). Uma música, em especial, tem o carinho dos integrantes do Cambichos: Flor Gaúcha, de Valdomiro Melo, trovador conhecido da região, que cedeu a canção para eles.

Para os próximos discos, garante Wagner, o repertório autoral está garantido. O cantor e compositor tem mais de 300 músicas compostas, muitas gravadas por nomes como Sandro Coelho, Tchê Barbaridade e a banda San Marino.

- Tranquilamente, temos repertório para cinco discos – finaliza Wagner, que, assim como os colegas do meio musical no Rio Grande do Sul, espera em casa que a pandemia de coronavírus seja superada, para que a vida como um todo volte ao normal.

Ainda integram a formação do Cambichos Ricardo Coelho (bateria), Jorge Cosme (guitarra, voz solo e vocal), Alex Moreno (contrabaixo e vocal) e Michael (gaita, voz solo e vocal).

Pitaco:

Ernesto Fagundes fala sobre o trabalho da turma do Cambichos:

- Curti o som deles! É um grupo que faz uma bailanta buena, em clima de Acampamento Farroupilha. Com certeza, eles estão esperando esses problemas ocasionados pelo coronavírus passarem para colocar o povo do Rio Grande do Sul para dançar.

Aqui, o espaço é seu:

- Se quiser falar com o grupo, ligue para 99156-6263.

- Para participar da seção, mande um pequeno histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas, vídeos e um telefone de contato para jose.barros@diariogaucho.com.br.