A atriz Maria Flor vem sofrendo ataques desde a última terça-feira (31), quando fez um comentário polêmico sobre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em um vídeo do canal que tem com o companheiro, Emanuel Aragão. 

— O que eu estou sentindo é uma vontade inenarrável de matar um ser humano. Eu só queria pegar o Bolsonaro e esfregar a cara dele no asfalto quente até ele ficar com a cara toda esfolada e a pele dele sair e eu arrancar com a mão, com o dente, pegar aquele olho dele e enfiar os dois dedos —, afirmou a atriz no primeiro vídeo. 

Em um novo vídeo postado neste domingo (6) no canal Flor e Manu, ela explica que tudo foi uma "piada", uma "cena", e que fez referência a "um youtuber famoso".

— Usei um tipo de agressão que muita gente não entendeu que era uma forma de colocar para fora minha indignação, meu desespero, minha raiva. Muitas vezes, a gente usa esse tipo de ferramenta e fala assim, é irônico, para que a gente não coloque isso no mundo de verdade. Para que a gente brinque sobre isso e possa seguir a vida — justificou.

Desde então, a atriz tem recebido tantas ameaças que fechou os comentários nas redes sociais. De acordo com a colunista Fabia Oliveira, do jornal O Dia, Maria Flor teria revelado aos amigos mais próximos que está "apavorada" com os ataques. Ela teria, inclusive, deixado de ir ao supermercado próximo de sua casa.  

—A Flor fez uma piada, uma cena ruim... E isso virou uma mega questão. Isso virou mega questão. Estamos recebendo ameaças tipo: "Vamos invadir a casa de vocês e destruir sei lá o que... Sabemos onde você mora". (...) Isso me deixa agoniado — desabafou o companheiro da atriz no vídeo publicado neste domingo.

No vídeo mais recente, o casal refletiu sobre o machismo presente nos ataques direcionados à atriz.

 — Muitas agressões completamente sexistas, machistas e terríveis. (...) Não existia só uma indignação em relação ao fato de eu ter falado mal do nosso presidente, a indignação era pelo fato de eu, "uma mulherzinha dessas", ter me colocado. Parece que a mulher não pode ter essa agressividade, ela tem que ser doce, romântica, delicada  —, afirmou a atriz, apontando que, se a fala tivesse sido feita pelo marido, as agressões não seriam naquele sentido.

Emanuel concordou, dizendo que a esposa foi chamada de palavras que sequer possuem equivalência no gênero feminino e afirmou ter recebido mensagens de outros homens aconselhando-o a fugir dessa "mulher que é do capeta". 

 — Esses camaradas que têm tanta raiva da figura feminina são pessoas heterossexuais que têm relacionamentos com mulheres. Como uma mulher casada com esse sujeito se expressa dentro de casa?  —, refletiu, puxando o gancho para o tema do vídeo, relacionamentos tóxicos.