Bate-papo
Daniel Lenhardt, gaúcho do "BBB 20", reconhece seus erros no programa: "Entrei muito com a emoção"
O ator conta como foi sair de um confinamento para outro e o susto com a pandemia
Daniel Lenhardt, 23 anos, não passou despercebido no Big Brother Brasil 20. Em pouco mais de dois meses dentro da casa mais vigiada do país, o gaúcho de Selbach fez amigos, viveu uma paixão e colecionou desavenças. As trapalhadas do rapaz o fizeram perder muitas estalecas, mas também provocaram a ira de adversários fortes, como Babu Santana e Felipe Prior. O público também não deixou barato e eliminou o ator, que saiu com um índice de rejeição de 80,82%.
Em entrevista a Retratos da Fama, Daniel mostra que não estava interpretando um personagem, como muita gente acreditava. De fala mansa, com um jeitinho todo especial de se expressar e o sotaque típico das cidades gaúchas de colonização alemã, ele deixa claro que não leva a sério as críticas nas redes sociais, revela como foi sair de um confinamento em plena pandemia de coronavírus e, é claro, responde sobre o futuro da relação com Marcela Mc Gowan.
Dentro da casa do BBB 20, você teve alguns conflitos com Babu e Prior, por exemplo. Por que acha que rolou tanta discórdia entre vocês?
Olha, eu acho que a discórdia com o Babu foi pela comida, a questão da cozinha. Ele queria muito controlar o que cada um comia, e eu comia bastante. O Prior foi por todas as ideias dele, que não batiam. Ele tinha as atitudes dele, eu tinha as minhas. Acabou que não se criou uma amizade, porque a gente é muito diferente.
Você já assistiu aos vídeos do programa? Como foi essa experiência?
Alguns. Eu achei muito engraçados. Principalmente, os (vídeos) das minhas trapalhadas.
O que você teria feito diferente se entrasse novamente no BBB?
Com certeza, eu entraria mais com a razão. Não que eu deixaria a emoção de lado, mas daria um equilíbrio, porque eu entrei muito com a minha emoção. Eu sentia muito, não pensava muito, às vezes, até na questão do jogo. E eu prestaria o triplo de atenção na perda das estalecas. Assumo os meus erros e estou buscando evoluir, mas vi tantas interpretações equivocadas... Algumas pessoas criam uma fantasia, não acredito nem que elas pensem assim.
Como foi sair do confinamento do reality show e deparar com outro aqui fora, por conta da pandemia de coronavírus?
Foi muito triste, eu fiquei de boca aberta quando soube, quando vi que ninguém podia se abraçar. Fiquei bem assustado com a situação dos outros países também, não só do Brasil. A cabeça "buga" bastante. Lá no confinamento estava tudo bem, tudo certo, mas sair com essa pandemia foi assustador.
Como você lida com os haters (pessoas que postam comentários ofensivos nas redes sociais)? Costuma responder ou prefere ignorar as críticas?
Eu costumo dizer que são fãs revoltados (risos). Ficam cuidando da tua vida, olhando teus stories... Alguns, eu ignoro, sim. Depois que saí (do programa), fui mostrando quem é o Daniel, e os haters foram diminuindo bastante. Ainda há alguns comentários, que eu costumo ignorar. Outros, pego pra mim e busco crescer, porque as críticas construtivas são sempre bem-vindas, eu procuro evoluir. Mas, pelo que estou vendo, neste ano, com os julgamentos de influencers e artistas, estão querendo ver pessoas perfeitas na internet. Não existe ser humano perfeito. O mais bonito da vida é a imperfeição, pois a perfeição não existe.
Quais são os seus planos para quando o isolamento social terminar? Pretende seguir na carreira de ator?
Eu vou continuar estudando. Claro que, depois da quarentena, vai ser bem corrido, mas quero continuar estudando TV e cinema, que eu gosto muito, também teatro, que eu fazia bastante. Quero muito também trabalhar com viagens, produzir conteúdo sobre a causa animal, que são duas paixões na minha vida. Quero dar foco a isso.
E o relacionamento com a Marcela, quais são as chances de engrenar um namoro depois que ficarem frente a frente aqui fora? Vocês têm conversado?
A gente conversa bastante, mas tem essa questão da quarentena. Queremos conversar pessoalmente para ver no que vai dar. A gente vai se falando normalmente, sem nenhuma expectativa. O que tiver que ser, vai ser.