Saiu perdendo
Festa durante pandemia pode ter causado prejuízo de R$ 3 milhões a Pugliesi
O cálculo tem base nas quebras de contrato, que podem configurar, inclusive, pagamento de multas
Após a promover uma festa em meio às recomendações de distanciamento social, a influenciadora digital Gabriela Pugliesi, uma das primeiras famosas a contrair o coronavírus no país, desativou sua conta no Instagram, que acumulava mais de 4,5 milhões de seguidores, e perdeu contratos de patrocinadores. De acordo com uma análise publicada pela revista Forbes, as perdas financeiras podem chegar a R$ 3 milhões.
A pedido da publicação, especialistas da Brunch, agência que gerencia a carreira de influenciadores digitais como MariMoon e Dora Figueiredo, fizeram o cálculo com base nas quebras de contrato, que podem incluir, inclusive, a necessidade de pagamento de multas.
Dentre as marcas que preferiram se desvincular da imagem da influenciadora, destacam-se Grupo Hope, Mais Pura, Livup, Kopenhagen, Fazenda Futuro e Desinchá.
A metodologia do cálculo leva em conta alguns aspectos para chegar ao valor médio de um post: custos de produção (quanto custou produzir o conteúdo), uso de imagem (quanto custa liberar o uso de imagem para a marca) e distribuição (quanto custa postar o conteúdo para a audiência da influenciadora).
Por meio desta fórmula, a agência concluiu que as publicações da Pugliesi, com apenas uma foto, não saem por menos de R$ 17 mil. Já no Stories, o valor seria de R$ 21 mil com uma entrega de, aproximadamente, três postagens.
Também foram consideradas as cláusulas por quebra de contrato, como ressarcimento do valor pago, multa de até 100% e cancelamento dos pagamentos em aberto. Somando esses fatores, a agência chegou no valor de R$ 3 milhões. E isso sem contar a perda de oportunidades futuras, que, de acordo com a agência, é "impossível de dimensionar".
— Como Gabriela tirou o perfil do ar, não foi possível saber qual foi a entrega de cada trabalho. Por isso, a conta foi feita levando em consideração os contratos que normalmente as marcas grandes costumam fechar: um post no feed e uma sequência de três stories por mês em contratos trimestrais — explica Ana Paula Passarelli, cofundadora da Brunch.
Pugliesi segue com sua conta no Instagram desativada, assim como o marido, o também influenciador Erasmo Viana.