Em meio ao isolamento social, com cada integrante em um lugar diferente, a Família Lima lança o segundo volume do projeto Música de Domingo, o Música de Domingo II. Gravado de maneira remota, pois Lucas, Moisés, Allen e Amon-Rá estavam ou em seus estúdios ou em casa, o EP (disponível nas plataformas digitais) traz quatro faixas. O disco nasceu das versões de canções que os músicos gaúchos fizeram nas apresentações no programa Tamanho Família, da RBS TV, do qual eles são a banda oficial, e que está sendo reprisado aos domingos. 

As gravações da sexta temporada foram suspensas em função da pandemia de coronavírus. Entre os destaques, uma versão surpreendente do hit Só os Loucos Sabem, clássico do Charlie Brown Jr., que teve a participação especial da cantora baiana Agnes Nunes.

- As imagens do clipe foram feitas do celular de cada um. Era para sair um vídeo "amador", mas ficamos muito felizes com o resultado, ganhou uma cara profissional - celebra Amon-Rá, em entrevista por telefone, via WhatsApp.

Na entrevista, o gaúcho celebra o fato de a banda, que tem 25 anos de carreira, conseguir tocar desde clássicos de Bach (1685 - 1750), até canções de Djavan (Azul) e Marcos & Belutti (Domingo de Manhã), que também estão no disco.

- Eu digo que é uma conquista da família, fomos criados num ambiente sem preconceitos. No começo da nossa carreira, tínhamos que tocar de tudo. Acredito que o nosso grande desafio é tocar tantos estilos diferentes, e isso ficar homogêneo. Uma hora, estamos tocando uma peça complexa de Bach. Em outra, uma canção da Anitta. E isso ser parte do show: não ficar esquisito, é uma conquista - afirma Amon. 

Boas tiradas

Sobre a cara mais famosa da banda, Lucas Lima, marido de Sandy, Amon-Rá comenta que o bom humor e as boas tiradas que Lucas demonstra em redes sociais e na live de Sandy & Junior (quando brincou com o fato de a esposa ter recebido uma mensagem de Rodrigo Santoro, elogiando a apresentação), são características do dia a dia do mano.

- Eu acho que, de boas tiradas, ele é o melhor de nós (risos). E temos muito orgulho de ver o crescimento do nosso caçula, de ele ter esse destaque todo. É muito bom trabalhar com ele. Mas somos todos de boas, pois temos 25 anos de estrada. Não é fácil sobreviver tocando os instrumentos que a gente toca. Sempre vivemos perrengue da vida de músico, claro que tivemos grandes turnês, grandes realizações, mas nunca nos desconectamos, saboreamos e vivemos cada um desses momentos - afirma Amon-Rá, para completar: 

- Nos finais de ano, quando temos muitos shows, por exemplo, a gente faz muita zoeira nos ônibus que nos transportam. Seguimos assim, conectados, sem perder nossa essência.