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DR na telinha

Casal do "Zorra" dá a receita para manter o relacionamento durante a pandemia: "Humor e beijo na boca"

Renata Castro Barbosa e Léo Castro estrelam o quadro "DR - Diálogos Risíveis"

09/06/2020 - 09h31min

Atualizada em: 09/06/2020 - 09h33min


Michele Vaz Pradella
Michele Vaz Pradella
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João Miguel Júnior / TV Globo/Divulgação
Quarentena acelerou decisão de morar juntos, e Léo e Renata agora mostram situação no "Zorra"

Pandemia de coronavírus, isolamento social e convivência 24 horas. A experiência tem sido difícil para algumas pessoas e, entre os casais, é um exercício diário de tolerância. Mas que tal levar tudo isso para o lado do humor? Foi o que fizeram os atores Renata Castro Barbosa, 46 anos, e Léo Castro, 33, integrantes do Zorra. Namorados na vida real, eles têm levado para o programa algumas das situações de sua vida em comum. No quadro DR – Diálogos Risíveis,  transmitido também no site Gshow e em versão mais completa pelo Globoplay, o casal mostra que é possível rir em meio ao caos. Entre uma cena e outra, todas gravadas em casa, eles bateram um papo por e-mail. Confira:

Qual é a pior coisa do confinamento para vocês? E a melhor?

Renata: Sinto muita falta dos meus pais e de abraçar as pessoas. Pra mim, é a parte mais difícil. Estar longe. Isso sem falar na angústia de não saber quando termina e como ficaremos. A melhor tem sido descobrir novas formas de viver, ver a solidariedade aumentando e ficar grudada com o João (seu filho de 15 anos, do casamento com Bruno Mazzeo) e com o Léo. Ah, e descobrir que sou melhor cozinheira do que eu imaginava (risos). 

 Léo: A parte mais difícil é a saudade da minha filha Carolina, com quem eu estava sempre e tive que espaçar as visitas. Às vezes é difícil para uma criança de seis anos compreender o que é uma pandemia. Também é difícil olhar para fora e saber que muitas pessoas estão perdendo suas vidas. A melhor é que eu e a Rê rimos muito juntos e fazemos piadas um pro outro o dia inteiro. A gente se entende bem, mesmo nas horas de sentimentos não tão bons. 

 Vocês já moravam juntos antes da quarentena?

Léo: Estávamos namorando fazia cinco meses, nem pensávamos em morar juntos. Pós-separação, eu estava morando com a minha mãe que, apavorada com a pandemia, por ser grupo de risco, me disse para ficar lá com ela até o fim disso tudo ou me virar (risos). Me virei pra casa da namorada! Estava com medo de ela não me aturar, mas foi a melhor coisa que fiz! 

Renata: No começo, confesso que fiquei com medo… Morar junto em tão pouco tempo podia acabar com o frescor tão bom do começo de relação. Mas, para a minha surpresa, está mais fácil do que eu pensava. Somos parecidos, queremos e sonhamos as mesmas coisas. Nos divertimos com as bobeiras um do outro, entendemos as fraquezas, os medos… Tirando toda as coisas assustadoras e difíceis do lado de fora, estamos adorando a experiência.

Que dica vocês dariam para os casais que têm encontrado dificuldades nessa convivência 24h?

Renata: Paciência, compaixão, humor e beijo na boca!

Léo: Beijo na boca (risos)! 

João Miguel Júnior / TV Globo/Divulgação
O “gravando” é direto de casa

Como é a rotina das gravações do quadro?

Renata: Aqui está tudo improviso raiz. Sempre tem um pedido de última hora da produção (risos) Enfim, minha casa nunca esteve tão caótica. É um sem fim de fios, cordas, lâmpadas pendurados por tudo o que é lugar. Mas estou adorando.

Léo: A equipe (do Zorra, que ajuda e orienta o casal a distância) está por videoconferência, mas fisicamente é praticamente um crossfit (risos). O bom é que a gente acaba aprendendo muito das funções uns dos outros. Quando eu falei pra Renata que eu iria passar cordas pelo teto todo do apartamento, para servirem de suporte pra iluminação improvisada, tinha certeza de que ela terminaria o relacionamento e me jogaria na rua, mesmo com um vírus mortal lá fora. Para minha surpresa, ela permitiu e se empolgou com a ideia. Eu tinha duas câmeras paradas em casa, e a mágica é fazer tudo funcionar ao mesmo tempo. Com a equipe orientando, tudo ficou mais fácil. Eles sabem muito e estão tendo uma paciência de Jó com a gente (risos).

O que vocês acham que irá mudar depois desse período? 

Léo: Se for observado por um prisma positivo, muito pode ser feito. É a hora de fazer diferente. O protocolo de segurança e higienização será algo que podemos levar como legado, o uso de máscaras quando houver algum sintoma gripal é uma das coisas que, pra mim, deveriam ficar pra sempre. 

 Renata: Acho que é a chance de mudar. Se conseguirmos manter a solidariedade, a atenção com a natureza, a importância da arte e do olhar para o outro. Acho que temos grandes chances de ter uma vida melhor e com menos desigualdade… Mas para isso teríamos que ter TODOS entendendo, e querendo fazer desse caos um legado bom. Não sei se ainda tenho essa esperança. Mas sigo tentando!

Que lição vocês já podem tirar de tudo o que está acontecendo?

Renata: Acho que ficou claro que não demos certo, como país e mundo. Que quando vem algo desse tamanho, precisamos entender que o que vale é o SER HUMANO! Pode parecer utopia e até piegas, mas ainda prefiro manter a fé nas pessoas.

 Léo: Que o nosso modelo de sociedade é egoísta e mesquinho. Uma pandemia tem o poder de nos mostrar isso. Mas também nos dá a oportunidade de fazermos melhor. A lição é poder enxergar isso. O que vamos fazer? Isto está por vir. 


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