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"Não sou um cabide"

Manu Gavassi diz que título de influenciadora digital a incomoda: "Não quero influenciar ninguém a nada"

Cantora e ex-BBB participou do programa "Saia Justa" nesta quarta-feira

18/06/2020 - 14h37min


Manu Gavassi Instagram / Reprodução
Manu Gavassi saiu do "Big Brother Brasil" com 10 milhões de seguidores a mais em seu perfil do Instagram

A cantora Manu Gavassi, que participou da última edição do Big Brother Brasil e ficou em terceiro lugar no reality, esteve no programa Saia Justa, do GNT, nesta quarta-feira (17) para falar sobre a responsabilidade dos influenciadores digitais. Porém, Manu relatou que se incomoda com o título:

 — Esse título de influenciadora me incomoda. Eu não quero influenciar ninguém a nada. Isso faz parecer que estou sendo oportunista, que estou influenciando alguém a comprar algo e não quero ser só isso — disse ela.

Atualmente, a cantora acumula 15,5 milhões de seguidores no Instagram (saiu do BBB com 10 milhões de seguidores a mais) e 5,8 milhões no Twitter. 

— Eu não sou um cabide, não sou uma vitrine e quero que as pessoas pensem com as próprias cabeças, e pensem junto comigo. Não quero criar um exército de pessoas que são influenciadas por mim. Eu quero cabeças pensantes para trocar comigo — acrescentou.

Ela explicou que esse questionamento já a incomodava mesmo antes do reality, que aumentou consideravelmente sua visibilidade na internet.

— Eu sempre tive esse conflito, mesmo antes da superexposição por conta do reality. Era uma coisa que eu questionava. Por muito tempo me senti desconfortável e meio vazia para fazer alguns trabalhos, por estar cedendo a uma coisa que eu não acreditava 100% e que não encontrava ali a minha voz. O meu diferencial foi trazer a minha identidade e a minha arte para dentro disso — afirmou ela, que gosta de fazer publicidades em formatos alternativos em seu perfil.

Para Manu, satisfação pessoal passa longe dos números em redes sociais.

— Eu comecei a ressignificar o que era sucesso na minha cabeça, e ter números não é ter sucesso. Se eu estiver fazendo algo em que não acredito e com muitos números, vou ter crise de pânico e não vou conseguir sustentar aquilo, porque vou estar infeliz. Então, para mim, o sucesso tem a ver com realização pessoal, e se eu fizer algo que me orgulhe muito e cinco pessoas estiverem me assistindo, entendendo a minha mensagem, estarei feliz pra caramba — disse.

Por fim, garantiu que não se incomoda com os comentários que a apontem como um "fracasso":

— Não me importo se as pessoas falarem que sou "flop" — concluiu.


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