Literalmente
O que é distopia e por que o gênero voltou com força nos últimos tempos
Editora da saga "Jogos Vorazes" fala sobre o sucesso de histórias como essa
O cenário atual, em meio à pandemia de coronavírus, mais parece saído de um livro de ficção científica. Ou, melhor dizendo, de uma distopia. Mas o que é isso? O gênero vem atraindo muitos leitores nos últimos anos, tanto que obras mais antigas deste tipo foram relançadas, como 1984, de George Orwell (Companhia das Letras, R$ 40*). Aproveitando o lançamento recente de A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes (Rocco, R$ 52*), novo livro do universo Jogos Vorazes, lançamos três perguntas para Paula Drummond, responsável pela saga na editora Rocco.
Como você definiria o termo distopia para o público que não conhece este gênero literário?
O mundo da história é um futuro muito pessimista que, em geral, extrapola aspectos que a sociedade viveu ou vive. As distopias costumam oferecer material para reflexão sobre o presente, e acho que isso acabou atraindo muitos novos leitores para o gênero.
O mundo atual parece saído de uma saga distópica literária. É possível ainda apostar no gênero mesmo neste momento caótico da vida real?
Acredito que sim. Imaginar cenários-limite a partir da experiência do que as pessoas vivem, hoje, manda alguns alertas e provoca reflexão. Considerando as crises políticas, econômicas, sociais e também a pandemia, acredito que muitas histórias distópicas estão nascendo neste momento.
Além da saga Jogos Vorazes, que outras distopias você indicaria para o jovem leitor que está interessado em se aprofundar neste tipo de história?
Recomendo O Conto da Aia (Rocco, R$ 21), de Margaret Atwood, e as séries jovens Divergente (Rocco, R$ 24*), de Veronica Roth, e Legend (Rocco, R$ 20*), de Marie Lu.
* Preço médio