Política ambiental
Leonardo DiCaprio compartilha críticas a Bolsonaro e ao desmatamento na Amazônia
Presidente já acusou astro de Hollywood de dar dinheiro para "tacar fogo na Amazônia", mas nunca apresentou nenhuma prova
O ator Leonardo DiCaprio, 45 anos, voltou a criticar o presidente Jair Bolsonaro e o desmatamento na Amazônia. Nesta sexta-feira (14), ele compartilhou em seu perfil no Instagram uma publicação do jornal britânico The Guardian sobre o aumento de queimadas no Brasil durante julho e agosto.
"O número de queimadas na Amazônia brasileira em julho aumentou 28% em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com dados do Inpe. Os primeiros números de agosto também mostram um aumento, de 7%", informa a reportagem.
Em seguida, o texto ressalta que, apesar da pressão internacional, o presidente já negou a seriedade dessa situação no passado. Também destaca que a situação pode ser pior que em 2019, devido ao tempo seco. Por fim, a matéria conclui que o desmatamento não está recebendo a atenção adequada por causa da pandemia de coronavírus, que já matou dezenas de milhares de brasileiros.
Em novembro de 2019, Bolsonaro acusou DiCaprio, sem apresentar qualquer prova, de dar dinheiro para "tacar fogo na Amazônia". Em agosto, o astro norte-americano anunciou que uma organização da qual ele é fundador, a Earth Alliance, doaria US$ 5 milhões a um fundo emergencial que destinaria o montante para ajudar entidades brasileiras no combate à série de queimadas.
Na entrada do Palácio do Alvorada, o presidente fez a acusação durante conversa com um grupo de apoiadores, segundo os quais os incêndios recentes no Pará tiveram motivação criminosa.
— Agora, o Leonardo DiCaprio é um cara legal, não é? — questionou. — Dando dinheiro para tacar fogo na Amazônia — acrescentou.
DiCaprio rebateu a acusação em comunicado publicado no Instagram, afirmando que "embora certamente mereçam apoio", ele não financia as organizações "que estão atualmente sob ataque".
"Eu continuo comprometido em apoiar comunidades indígenas brasileiras, governos locais, cientistas, educadores e público em geral que estejam trabalhando incansavelmente para preservar a Amazônia, para o futuro de todos os brasileiros", escreveu à época.