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Após declarações

Gloria Maria rebate críticas: "Nunca serei politicamente correta! Sou livre"

Declarações da jornalista sobre assédio e o "politicamente correto" foram criticadas nas redes sociais por alguns usuários, mas recebeu apoio de outros

30/09/2020 - 10h07min


Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo
Raquel Cunha / TV Globo/Divulgação
"Ninguém vai me dizer como tenho que viver", escreveu Gloria após críticas

Após a repercussão de suas recentes declarações críticas ao que chamou de "politicamente correto", a apresentadora Gloria Maria usou seu perfil do Instagram para abordar novamente o assunto na noite desta terça-feira (29). A fala de Gloria dividiu opiniões nas redes sociais desde o início da semana.

No post, Gloria relembrou um trecho do desfile da escola de samba Mangueira no Carnaval do Rio de Janeiro em 1988, do qual participou. O tema daquele ano era  100 Anos de Liberdade: Realidade Ou Ilusão?.

"Orgulho da minha vida. Da minha história! Nunca serei politicamente correta! Acho um saco! Sou livre. Rebelde! Ninguém vai me dizer como tenho que viver!", escreveu.

Confira a postagem:

 As declarações de Gloria ocorreram em um bate-papo com Joyce Pascowitch, do portal Glamurama. Na transmissão, Joyce questionou como Gloria encara as discussões sobre assédio moral e sexual, que estão cada vez mais no centro do debate:

— Eu acho tudo isso um saco. Hoje tudo é racismo, preconceito, assédio. Até hoje, tenho meus câmeras, meus técnicos, que estão comigo há 40 anos, e todos me chamam de "neguinha". Nunca me ofendi, nunca me senti discriminada. Eles me chamam de uma maneira amorosa e carinhosa. É claro que se falassem "ô, nega", é outra coisa — respondeu.

A seguir, a jornalista continuou sua reflexão sobre como encara as diferenças entre uma paquera e um assédio:

— Está chato. Estou mais de 40 anos na televisão, já fui paquerada muitas vezes, mas nunca me senti assediada moralmente. O assédio moral é algo claro, que não tem dubiedade. Não tem como você interpretar. O assédio te fere, é grosseiro, incomoda, desmoraliza. Agora, a paquera, pelo amor de Deus. Estou cansada desse negócio. Os homens estão com medo de paquerar. Eu quero ser paquerada ainda, estou viva! — ponderou. — Existe uma cultura hoje que nada pode. Nós, mulheres, sabemos bem a diferença entre uma paquera e um assédio, um abuso sexual. Tem que ter uma diferenciação, não dá para generalizar tudo. O politicamente correto é um porre. Eu não sou politicamente correta e não vou ser, não adianta.  Acredito que o politicamente correto é o caráter, a honestidade, é a sua capacidade de olhar para o outro. Esse mundo que a gente está vem muito da amargura das pessoas, não aceito. Nessa, eu não entro não.


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