Pressão estética
Juliana Paes: "Me arrependi de ter tomado remédio para emagrecer"
Atriz falou sobre a "ditadura da beleza" em participação no podcast de Angélica
Em participação no podcast Simples Assim, comandado pela apresentadora Angélica, a atriz Juliana Paes falou sobre a "ditadura da beleza". No bate-papo, ao refletir que não vale tudo pela vaidade, a artista lembrou que já fez uso de medicamentos para emagrecer e se encaixar em um padrão - o que, hoje, ela considera um erro.
— Me arrependi de ter tomado remédio para emagrecer. Nunca foi um resultado duradouro nas duas tentativas que eu fiz — contou. — Foram dois momentos em que a sensação de angústia que dá é uma coisa tão nojenta! Depois que aquilo passa, você pensa: "Perdi quatro quilos, e daí? Para que eu fiz isso?". Até porque, depois, você ganha tudo de novo, rapidamente.
Na conversa, Juliana, que aproveitou o período de distanciamento social para assumir o seu cabelo natural, cacheado, disse que já havia tentado passar pela transição capilar anteriormente, mas acabou desistindo e recorrendo ao alisamento por ouvir críticas.
— Eu não lembrava mais como era o meu cabelo, acaba que a gente esquece como a gente é, perde a própria identidade — refletiu. — Raramente me deixava aparecer assim porque, nas poucas vezes que eu apareci assim, tinham algumas críticas: "Ai, gosto mais do cabelo liso".
A atriz também entendeu a importância de exibir os cabelos cacheados nas redes sociais, já que a atitude inspira muitas pessoas a fazerem o mesmo.
— Senti que outras meninas começaram a falar assim: "Comecei a usar o meu cabelo cacheado também, estou fazendo a transição...". Aí me toquei que tenho uma responsabilidade nessa brincadeira. Preciso manter um pouco isso, preciso ser forte — ponderou.
Por fim, aos 41 anos, Juliana ainda falou sobre como encara a passagem do tempo.
— A gente vê a beleza indo embora no espelho, se esvaziando um pouco. Você vê as rugas chegando, as manchas vindo. Em compensação, vem uma outra coisa no lugar disso que é um olhar condescendente consigo mesma. Um olhar de amor-próprio que a juventude não te dá, que a maturidade te dá — concluiu.