O programa The Voice Brasil retorna à sua nona temporada na semana que vem, em 15 de outubro. Cumprindo todos os protocolos de segurança estabelecidos pelos Estúdios Globo, o formato da competição teve alterações: sem poder contar com o calor humano dos abraços, famílias inteiras puderam acompanhar as audições às cegas de forma digital.

— Antes das audições eu converso com o pessoal e o papo é o mesmo, as ideias são as mesmas. Quando chega na hora das audições às cegas… A gente ganhou no telão um monte de gente. Acho até que pros próximos anos, esse telão com a família talvez fique para sempre. Ter presencialmente algumas pessoas, mas no telão o resto da família poder acompanhar — afirmou o apresentador do programa, Tiago Leifert.

Esta é a primeira temporada “multiplataforma” do programa. Além de ser exibido na Globo, estará disponível na Globoplay e também será reprisado na Multishow nas quartas e domingos. 

Durante coletiva de imprensa, o diretor do programa, Creso Eduardo Macedo, afirmou que as vozes haviam sido selecionadas antes da pandemia.

— A gente vai continuar fazendo o The Voice Brasil quente, como sempre foi (...) As fases do programa estão mantidas. O programa começa com audições e depois batalhas. O botão de bloqueio também estará funcionando. A plateia virtual, que reage ao que acontece no estúdio, nos dá a mesma sensação que a plateia presencial. Os live shows também estão mantidos até chegar o dia da final, em 17 de dezembro — disse Macedo.

Tanto os apresentadores quanto os técnicos demonstraram felicidade em estar de volta às gravações. Para eles, é uma maneira de alegrar aqueles que estão em casa e também à si mesmos.

— A música transforma e o programa faz isso. Nesse momento, levar a música para a casa das pessoas, esperança, histórias inspiradoras. É um baita de um combustível para o povo brasileiro. O que eu percebi é que o ser humano mudou, percebi muito isso nos candidatos e acho que o telespectador vai notar também — adiantou a apresentadora Jeniffer Nascimento.

— Cada vez que a gente faz, a gente gosta mais de fazer. Uma das coisas que mais gosto é poder jogar em time e poder viver com tantas diferenças e diversidade. Entre nós, somos inclusivos e a oportunidade de estarmos juntos é muito boa — acrescentou o técnico Lulu Santos.

Uma das mudanças da edição é a saída de Ivete Sangalo e o retorno de Carlinhos Brown como jurado, competindo também com Iza e Michel Teló.

— É uma delícia retornar. E o que essa volta me ensinou é que eu precisava chorar com o The Voice sem participar. Pelo fato de Veveta não estar nessa temporada, não significa que está ausente porque onde ela vai, deixa marcas. Mas ela também tem a mesma compreensão que eu. Que as cadeiras fazem parte de um chamado para o artista e podemos nos revezar — disse Carlinhos.

Embora a pandemia tenha obrigado os participantes a cumprirem protocolos, também trouxe momentos engraçados. A cantora Iza afirmou que, às vezes, os integrantes do programa acabavam se esquecendo da pandemia, e quase chegavam a se abraçar.

— A gente tem se adequado a tudo isso. A produção montou um esquema incrível para que a gente fizesse isso com a maior segurança possível. Mas talvez uma situação engraçada disso tudo é ficar se segurando para não se abraçar. É difícil essa realidade, estamos há tanto tempo sem se ver. Por milésimos de segundos esquecemos o que estamos passando — contou.

Apesar de tudo, o clima de camaradagem e competição segue forte entre os técnicos. Ao ser questionado sobre como foi captar Tony Gordon do time de Iza, para mais tarde ver o competidor campeão, Michel  Teló disse:

— Eu me declarei um cara apaixonado pelo Tony Gordon desde o início da temporada (...) Na hora que ela escolheu eu falei: “Não é possível, minha gente”, porque eu acreditava muito nele e eu gostava, era uma coisa de sentimento que me tocou.

Aos risos, o pentacampeão do The Voice Brasil ainda deixou um recado no final:

— Esse ano, Brown, fica esperto! Tá faltando eu roubar um de você viu!

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