Dalton Vigh acaba de completar 25 anos de carreira. Desde sua estreia, em Tocaia Grande (1995), na extinta TV Manchete, o ator emendou diversos trabalhos na telinha, tanto que, volta e meia, aparece no ar em reprises de algumas tramas das quais participou. Logo no início da pandemia, voltou ao ar como o chef René Velmont, na edição especial de Fina Estampa (2011). O canal a cabo Viva reprisou recentemente O Clone (2001),  na qual interpretou Said, primeiro papel de destaque do ator na Globo. A novela também acaba de entrar no catálogo da Globoplay. O serviço de streaming (conteúdo por demanda) ainda conta com uma produção inédita que traz Dalton no elenco: a série A Divisão.

Em bate-papo por e-mail com Retratos da Fama, o galã de 56 anos conta que tem aproveitado o isolamento social ao lado da esposa, a atriz Camila Czerkes, e dos filhos gêmeos Arthur e David, quatro anos. Ele revela ainda seu lado "retrô" ao contar que prefere ouvir música em um aparelho de som dos anos 1970 e que é fã de fitas cassete. Confira!

Como foi acompanhar as reprises de O Clone e Fina Estampa, agora, com o distanciamento do tempo e sem a pressão de estar no meio das gravações?

Foi muito bom para exercitar a memória, lembrei de vários momentos de bastidores, pessoas com quem trabalhei, lugares onde gravei. Também foi ótimo do ponto de vista crítico sobre o trabalho em si, sobre como eu estava atuando nos personagens. 

Você acha que Said ou René seriam "cancelados" se as novelas fossem exibidas em 2020 pela primeira vez?

Talvez, sim. Hoje em dia, dá pra ser cancelado sem muito esforço.

Como foi sua rotina durante o isolamento social? O que começou a fazer ou retomou neste período em que pôde ficar mais em casa?

Muitas horas com meus filhos, brincando, lendo histórias, assistindo a desenhos e, depois que eles dormiam, muitas horas lendo, assistindo a filmes. Como gosto muito de ouvir música no meu aparelho de som da década de 1970, também voltei a gravar fitas cassete. 

O que tem feito para manter o equilíbrio neste momento de tanta tensão por conta da pandemia, problemas políticos e sociais?

Não tem coisa melhor para aliviar a cabeça e elevar o espírito do que poder brincar com seus filhos. E passear com o cachorro ouvindo alguma de minhas fitas cassete no walkman.

Qual é a primeira coisa que gostaria de fazer assim que a pandemia passar?

Voltar aos palcos. 

Qual você acha que será a grande lição que a humanidade deve tirar de tudo o que está acontecendo? 

Não tenho certeza sobre qual lição devemos tirar. Afinal, são muitas as que já deveríamos ter aprendido. Mas espero que, pelo menos, alguma lição consigamos tirar para que possamos evoluir como espécie, não regredir, como algumas atitudes de alguns seres que se dizem humanos têm nos feito crer.