Humor escrachado e dinâmico, improvisos e interações com a plateia são alguns elementos que fizeram sucesso em programas como Sai de Baixo (1996 – 2002) e Toma Lá Dá Cá (2007 – 2009). Na esteira das criações de Miguel Falabella na Globo, surgiu o Vai que Cola (RBS TV, 01h35min), no canal a cabo Multishow. Depois de sete anos de sucesso, o humorístico aterrissa na TV aberta a partir de hoje, com a missão de animar o verão do público nas madrugadas. A atração ocupa a faixa do Conversa com Bial, que volta em nova temporada em 2021.

O Vai que Cola está entre os programas de maior audiência no Multishow, prova de que o humor popular ainda tem vez na TV. O cenário das confusões que agitam o programa é a pensão da dona Jô (Catarina Abdalla), lugar que reúne os mais variados perfis. Na temporada que será exibida na Globo, a sexta, a turma resolve curtir férias na Praia Grande, litoral de São Paulo. O cenário muda, mas a diversão é a mesma, além do acréscimo de participações especiais: as cantoras IZA e Paula Fernandes e Édgar Vivar, o seu Barriga do seriado mexicano Chaves.

"Arte salva"

Marcelo Médici, intérprete do motoboy Sanderson, comemora a estreia do programa na TV aberta:

— Precisamos ter uma visão mais abrangente sobre o tamanho do nosso país, e saber que a TV aberta ainda é uma fonte de informação e diversão para a maioria da nossa população. 

Marcelo ressalta que o humor pode ser a melhor companhia em tempos difíceis:

— A arte salva, e o humor acaba sendo a cobertura e recheio desse bolo! O humor é uma forma de nos manter otimistas, quase um recado de "isso vai passar!".

Foi de Marcelo, aliás, a ideia de ambientar a sexta temporada no litoral paulista, onde o ator passou boa parte de sua infância:

— Contei muitas histórias sobre essas recordações nos bastidores, lembrava de muitos lugares e hábitos dos tempos que passei por lá.

Novidade

Quem também deve aprontar muito nessas férias é o carteiro Reginel, personagem de Luis Lobianco. Ele chega à praia em busca de sua amada Terezinha (Cacau Protásio), que por sinal, terá uma novidade bombástica para contar. Mas o que será que Reginel estaria aprontando neste período de isolamento social?

— Como a maioria dos brasileiros, ele precisa sair para trabalhar. Ao mesmo tempo, é um cara responsável e do bem. Imagino que evitou festas e aglomerações para proteger a si e aos mais vulneráveis. Saiu só para o inevitável, tomando todos os cuidados – opina Luis, que também se diz feliz com a chegada do humorístico à TV aberta:

— Sinto orgulho por estar em um programa que consegue fazer sorrir em um período tão triste.

Chefona

Dona Jô vai passar um tempo longe da pensão, mas não deve perder sua posição de liderança. Afinal, alguém precisa colocar ordem na bagunça. Catarina Abdalla lembra o quanto foi divertido gravar a temporada:

— O programa é feito de uma maneira muito dinâmica, e temos um elenco muito afinado, potente. Com o passar do tempo, esse entrosamento foi só melhorando. Nessa temporada, estávamos com a corda toda, foi tudo muito alegre.

Criativo e capaz de inventar novas formas de ganhar o pão de cada dia, o cobrador Zélio teria boas ideias durante a pandemia. É o que garante seu intérprete, Paulinho Serra:

— Meu personagem tem muita empatia pelas pessoas. Tenho certeza de que ele já teria inventado uma roupa contra covid. E já estaria vendendo no Méier (risos).

Também integram a sexta temporada os atores Marcus Majella (Ferdinando), Samantha Schmütz (Jéssica), Emiliano D’Ávila (Máicol), Fiorella Mattheis (Velna), Letícia Lima (Gabi do Lins), Aline Riscado (Susan), Rafael Infante (Eletricson) e o ator mirim e influenciador digital Isaac do VINE, como o mascote Valdinho.