Noveleiros
Michele Vaz Pradella: Novela é para rir ou para chorar?
Seja para desabafar o choro contido, sofrer com nossos personagens favoritos ou rir até a barriga doer, as tramas apresentam uma avalanche de emoções
As lágrimas escorriam pelo meu rosto. A garganta apertou, o coração ficou pequeninho e me entreguei à emoção. O motivo do sofrimento? A ficção quase real criada por Manuela Dias em Amor de Mãe. O "velório" online de Lurdes (Regina Casé) foi arrasador, mesmo que nós saibamos que a personagem está bem viva no cativeiro armado por Thelma (Adriana Esteves).
Em outro momento, chorei a ponto de soluçar com a briga entre Manuela (Marjorie Estiano) e Eva (Ana Beatriz Nogueira) em A Vida da Gente (2011), no ar em edição especial às 18h. A trama de Lícia Manzo é outro exemplo de novela que nos deixa de coração partido a cada cena. Mas que, talvez por isso mesmo, seja tão marcante.
Do choro ao riso
Enxuguei as lágrimas e resolvi assistir a algo diferente. O retorno de Ti Ti Ti (2010), no Vale a Pena Ver de Novo, me fez chorar, mas de tanto rir das loucuras de Jaqueline (Claudia Raia). A perua deslumbrada é um respiro para quem precisa esquecer um pouco o caos do mundo real.
Ainda na linha da comédia, temos a volta de Salve-se Quem Puder às 19h. Adoro as trapalhadas de Kyra (Vitória Strada) e as pérolas de sabedoria de Alexia (Deborah Secco).
Seja para desabafar o choro contido, sofrer com nossos personagens favoritos ou rir até a barriga doer, as novelas estão aí para nos apresentar uma avalanche de emoções. Aprecie sem moderação!