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Michele Vaz Pradella: Enfim, assisti a "Roque Santeiro"

Novela acaba de entrar no catálogo do Globoplay

26/06/2021 - 10h00min


Michele Vaz Pradella
Michele Vaz Pradella
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Cezar Loureiro / Agência Globo
Viúva Porcina e Sinhozinho Malta marcaram época na TV

Parece mentira, mas, nesta semana, eu vi pela primeira vez a novela mais clássica de todos os tempos. Assim que Roque Santeiro (1985) estreou no catálogo do Globoplay, resolvi assistir ao primeiro capítulo. 

A experiência foi um misto de estar diante de algo inédito com a sensação de revisitar velhos amigos. É claro que conheço a história de Dias Gomes (1922 – 1999) e Aguinaldo Silva. Sei quais são os principais personagens – quem não se lembra de Sinhozinho Malta (Lima Duarte) e Porcina (Regina Duarte)? –,  seus desfechos, vi cenas soltas exibidas em programas especiais. Porém, parar e assistir a um capítulo, foi a primeira vez.

Atemporal

Uma história clássica é aquela que segue atual e pode ser revisitada em qualquer tempo, sem ficar datada. Por tudo isso, Roque Santeiro é um clássico da teledramaturgia e merece seu lugar entre as grandes criações da TV brasileira. Em que ano se passa a história? Pouco importa. Asa Branca é uma cidade que poderia existir até hoje, daqueles lugares em que o tempo parou, coronéis mandam e desmandam, tipos estranhos circulam pelas ruas, o folclore local cultua de beatas a lobisomens, sem distinções. 

No Brasil mais profundo, até hoje, existem muitos dos elementos que povoam a novela. Tô certa ou tô errada?


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