Insha'Allah
10 motivos para rever "O Clone", de volta no "Vale a Pena Ver de Novo"
Trama de Gloria Perez completa 20 anos com mais uma reprise no ar
Novela boa sempre vale a pena rever: não é à toa que a trama de O Clone (2001) será exibida mais uma vez, a partir de hoje, no Vale a Pena Ver de Novo (RBS TV, 16h45min). Vinte anos depois da primeira exibição, a história de Gloria Perez ainda movimenta os noveleiros, que estão ansiosos para matar a saudade de personagens que marcaram época.
Se você ainda não se convenceu a parar diante da telinha para assistir novamente a esse sucesso, o DG destaca 10 motivos para viajar direto para o Marrocos, na África, e balançar os véus logo mais. Confira!
1 - Somente por amor...
Quem não gosta de um bom romance? A paixão de Jade (Giovanna Antonelli) e Lucas (Murilo Benício) encantou os telespectadores. Valeu a pena sofrer a cada desencontro do casal, sentir o coração disparar com as cenas de amor e torcer pelo final feliz. A química entre os atores ultrapassou a ficção e, na época, Giovanna e Murilo se apaixonaram na vida real e tiveram um filho, Pietro, 16 anos. O casamento chegou ao fim em 2005.
2 - Não é brinquedo, não!
É impossível falar sobre O Clone e não se lembrar de dona Jura (Solange Couto). O bar da personagem virou ponto de encontro para muitos artistas e personalidades, como Ronaldinho Gaúcho, Ney Matogrosso e Zeca Pagodinho.
O núcleo fez tanto sucesso que ganhou uma trilha sonora à parte: O Melhor do Bar da Dona Jura, álbum em que até Pelé canta um samba.
3 - Importância social
Já é tradicional nas tramas de Gloria Perez a abordagem de temas espinhosos. No caso de O Clone, falar sobre o vício em drogas – centrado nas cenas fortes de Mel (Débora Falabella) – ajudou a alertar famílias para o efeito da dependência química na vida das pessoas.
Outro drama impactante foi o de Lobato (Osmar Prado), cujas sequências em um grupo de apoio eram intercaladas por depoimentos de ex-dependentes químicos reais.
4 - Uma autora à frente de seu tempo
A ovelha Dolly, primeiro mamífero clonado, foi apresentada ao mundo em 1996. Enquanto as pesquisas nessa área pareciam coisa de filme de ficção científica, Gloria Perez foi além e mostrou a clonagem humana em sua novela. Na história, Diogo, gêmeo de Lucas, morre tragicamente, e Albieri (Juca de Oliveira) decide criar uma cópia do rapaz: Léo.
Até hoje, com muitos dilemas éticos, religiosos e científicos envolvidos, clonagem humana continua sendo apenas coisa de novela.
5 - Choque cultural
A família de Jade vivia no Marrocos, onde boa parte da história se desenrolou. A mistura do Brasil com a cultura islâmica foi certeira, invadindo as ruas sob a forma de roupas, acessórios e até expressões, incorporadas ao nosso vocabulário. No divertido núcleo muçulmano, figuras como tio Ali (Stênio Garcia), Zoraide (Jandira Martini) e Nazira (Eliane Giardini) conquistaram o público. Os conflitos da família ao chegar em terras brasileiras foram um misto de drama e comédia, rendendo cenas icônicas.
6 - Para matar a saudade
Além de Mara Manzan (1952 – 2009), a Odete, outros nomes inesquecíveis, que não estão mais entre nós, fizeram parte do elenco. Prepare-se para matar a saudade de Guilherme Karan (1957 – 2016), o Raposão, Ruth de Souza (1921 – 2019), a Mocinha, Mário Lago (1911 – 2002), o doutor Molina, Beatriz Segall (1926 – 2018), a Miss Brown, Sebastião Vasconcellos (1927 – 2013), o tio Abdul, e Perry Salles (1939 – 2009), o Mustafá.
7 - Coisa de cinema
A fotografia, sob o comando do diretor Jayme Monjardim, foi um espetáculo à parte. Destaque para as cenas gravadas no Marrocos, com cenários ideais para o romance arrebatador de Jade e Lucas.
8 - Os bordões
Muitas expressões caíram na boca do povo. As estrangeiras "insha’Allah" (em português, "se Alá quiser") – repetida exaustivamente por Khadija (Carla Diaz) – e "maktub" (em português, “está escrito”) são as mais famosas.
Das ameaças de tio Ali sobre "queimar no mármore do inferno" ao bordão "cada mergulho é um flash", de Odete, há um leque de termos que não saem das nossas cabeças até hoje.
9 - Primeiros passos
Depois de brilharem em Laços de Família (2000), duas atrizes (atualmente, muito conhecidas) ganharam um bom destaque em O Clone. Giovanna Antonelli, em sua primeira protagonista, encantou com o drama de Jade.
Juliana Paes, por sua vez, pendeu para a comédia com a divertida Karla, aquela que brilhava nas praias cariocas em busca de um flash dos paparazzi.
10 - Solta o som
Os belos acordes de A Miragem, de Marcus Viana, embalaram o romance do casal protagonista. Mas a trilha sonora tinha outras pérolas, de Caetano Veloso a Zeca Pagodinho. A mistura de ritmos combinava com o caldeirão cultural da história.