Só se fala noutra coisa!
Guri de Uruguaiana e a fuga maluca
De bagual e maluco, todo mundo tem um pouco, né, chê?
Chê! Um grupo de pacientes estava querendo fugir do hospital psiquiátrico. Aí, fizeram uma reunião e, depois de muita discussão, bolaram um plano. Afrânio, o líder, falou:
– Hoje à noite, quando o porteiro dormir, vamos fugir pelo buraco da fechadura!
Todos concordaram.
Chegou a noite. Esperaram o porteiro dormir. O líder tomou a frente, mas voltou decepcionado:
– Galera, não vamos conseguir fugir pelo buraco da fechadura hoje.
– Por que não? – questionaram os outros.
– Porque esqueceram a chave na porta – explicou o líder.
Porém, bolaram outro plano: decidiram pular o portão do hospital na noite seguinte.
Chegou a noite.
Afrânio foi fazer o reconhecimento do local e voltou decepcionado:
– Vixe, não vai dar para pular o portão!
– Por quê? – perguntaram os colegas.
– Porque esqueceram o portão aberto – finalizou Afrânio.
CAUSO DA FRONTEIRA
Chê! Falando em hospital psiquiátrico, me lembrei de um causo de uma mulher que vinha dirigindo seu carro, quando furou o pneu justamente na frente de um local assim.
Ela desceu, toda desajeitada, de salto alto, e foi trocar o pneu. Quando finalmente conseguiu tirar a roda, deixou os quatro parafusos caírem no chão. Eles rolaram e caíram dentro de um bueiro.
A mulher, desesperada, falou:
– E agora, o que vou fazer?
Nisso, um bagual, que usava um chapéu igual ao do Napoleão Bonaparte, espiou pela janela do hospital e disse:
– Moça, posso dar uma dica? Por que não pega
um parafuso de cada uma das outras rodas e coloca no estepe? Aí. volta para casa em segurança.
A mulher ficou impressionada:
– Bah! Mas que boa ideia. Não tinha pensado nisso! Mas, peraí… Esse chapéu é coisa de maluco, né?
O moço respondeu:
– Eu sou maluco, mas não sou burro!
TIRINHA