A novela das seis vai chegando na reta final, mas a cronologia histórica não avançará tanto, deixando vários acontecimentos de fora da trama. Isabel (Giulia Gayoso), por exemplo, não aparecerá grávida em cena, já que a princesa só teve seu primeiro filho dez anos depois de casada. Nos Tempos do Imperador termina dia 4 de fevereiro, com citações históricas até o desfecho da Guerra do Paraguai, em 1870. 

A novela também não mostrará um triste episódio da família real: a morte precoce da princesa Leopoldina, interpretada por Bruna Griphao. Em alguns capítulos, a jovem sente calafrios ao ouvir falar de Viena, na Áustria, terra natal de seu marido, Augusto (Gil Coelho). Os pressentimentos têm uma razão de ser. Leopoldina morreu na capital austríaca, em 1871, aos 23 anos, deixando quatro filhos pequenos e um marido inconsolável. Na trama, a princesa chega a comentar que teme ter o mesmo destino trágico de sua avó, também falecida na juventude. Ao que parece, o nome não trouxe sorte às duas nobres.

A causa da morte até hoje é um mistério, apesar dos sintomas terem apontado, na época, para febre tifoide. Historiadores, no entanto, acreditam que a princesa foi vítima de uma bactéria oriunda da água poluída da cidade de Viena.

Como o primeiro filho de Isabel só nasceria quatro anos após a morte de Leopoldina, Dom Pedro II trouxe de volta ao Brasil os dois netos mais velhos, Pedro Augusto e Augusto Leopoldo, já que os pequenos órfãos seriam os próximos na linha de sucessão do Império caso a tia fosse infértil.

A novela de Alessandro Marson e Thereza Falcão deve apenas relatar a morte de Leopoldina, nas palavras de um Dom Pedro mais velho, já no exílio na França, quando aparece para lembrar dos fatos mais marcantes de sua vida.