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Relembre os altos e baixos de "Nos Tempos do Imperador"

Trama de Alessandro Marson e Thereza Falcão chega ao fim nesta sexta-feira

04/02/2022 - 11h25min

Atualizada em: 04/02/2022 - 11h28min


Michele Vaz Pradella
Michele Vaz Pradella
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João Miguel Júnior / TV Globo
Saga da Família Real chega ao fim nesta sexta-feira

A primeira novela inédita gravada totalmente durante a pandemia chega ao fim hoje. Nos Tempos do Imperador passou por diversos contratempos, paralisações e retomadas,  mas entre mortos – vários personagens tiveram desfechos trágicos – e feridos, os mocinhos  chegam ao último capítulo ilesos e felizes. Os autores Thereza Falcão e Alessandro Marson usarão novamente a licença poética para mostrar um final alegre para a família imperial, que na História foi marcada por tragédias. Neste derradeiro capítulo, podemos esperar casais esbanjando felicidade e um mistério de última hora resolvido. Enquanto aguardamos o desfecho, confira os altos e baixos da trama das seis!

Deveras satisfatório

/// A trama era do imperador, mas bem que poderia ser "a novela do Tonico Rocha". Não é para  menos, já que Alexandre Nero se jogou sem pudor a um personagem execrável, capaz de reunir o pior do ser humano. Se no princípio parecia apenas um aspirante a político cheio de recalques, da metade para o final, Tonico virou um monstro de maldade e rancor, empilhando  cadáveres por onde passava. 

Fabio Rocha / TV Globo/Divulgação
Nero roubou todas as cenas

A importância do vilão foi tamanha que, mesmo depois de morto,  continuará sendo o centro das atenções. Nos dois capítulos finais, fica a dúvida: quem matou Tonico Rocha? 

/// Personagem pouco retratado na ficção, Dom Pedro II ganhou uma trama e um intérprete à  altura de sua importância: Selton Mello foi uma escolha de luxo para o papel e, depois de 20  anos longe das novelas, teve um retorno triunfal. 

João Miguel Júnior / TV Globo/Divulgação
Selton teve um retorno triunfal às novelas

O imperador é uma figura controversa, mas foi retratado com todas as suas nuances – do espírito empreendedor às carências afetivas. 

/// Dizem que por trás de todo grande homem há uma grande mulher. Teresa Cristina contradiz o ditado popular, afinal, a imperatriz esteve muitas vezes à frente das decisões do marido e, na maioria das decisões, permaneceu ao lado do governante como um braço forte e corajoso.  

TV Globo / Divulgação
Letícia soltou a voz em cena e arrasou

A intérprete não poderia ser outra que não Leticia Sabatella, que emprestou sua altivez e até sua bela voz a uma das mulheres mais importantes da História. 

/// Saídas da modernidade de Malhação – Viva a Diferença (2017) e do seriado As Five, um trio roubou a cena na trama e esbanjou talento. Gabriela Medvedovski encarou o desafio de viver a protagonista Pilar, tendo como companheiras de cena as amigas Daphne Bozaski, impecável como a sofrida Dolores, e Heslaine Vieira, a arrebatadora vilã Zayla, que mereceu ser redimida na reta final. 

João Miguel Júnior / TV Globo/Divulgação
Embates de Zayla e Pilar mostraram o talento das jovens atrizes

As meninas mostraram que têm uma carreira promissora pela frente e devem brilhar muito em novos trabalhos. 

Pouco êxito

/// O grande rival de Tonico – e também irmão do canalha – era Samuel (Michel Gomes). O jovem ator fez bonito em seu primeiro papel de destaque na TV, o problema era a falta de atitude do personagem. 

TV Globo / Divulgação
Samuel poderia ter lutado mais pelo que acreditava

Na maioria das vezes em que foi vítima de violência ou armações, era salvo por outras pessoas, quase sempre por Pilar, que se mostrou mais corajosa e firme do que o amado por toda a novela. 

/// A exuberante Mariana Ximenes foi um dos grandes destaques da trama, mas o romance de sua personagem, Luísa, com Dom Pedro II não caiu nas graças do público. 

Victor Pollak / TV Globo/Divulgação
A Condessa de Barral perdeu terreno para a Imperatriz

A Condessa de Barral esbarrou no carisma da imperatriz Teresa Cristina que, mesmo traída, soube se impor diante da rival. 

/// Geralmente retratada como heroína por conta da Abolição de 1888, a princesa Isabel, desta vez, ficou com a fama de mimada e chorona. Giulia Gayoso segurou bem nas cenas em que defendia os escravizados, mas se perdia quando o assunto era a infertilidade da personagem. 

Fabio Rocha / TV Globo/Divulgação
Exagero no drama de Isabel irritou o público

É verdade que a herdeira do trono levou muitos anos para conseguir engravidar, mas a novela carregou nas tintas ao mostrar isso, fazendo com que parecesse mais um capricho do que um sonho. 

/// Faltou à novela um núcleo cômico que aliviasse o drama dos demais personagens. Seria de se esperar que Quinzinho (Augusto Madeira), Clemência (Dani Barros) e Vitória (Maria Clara Gueiros) arrancassem algumas risadas do público, o que não aconteceu. 

Paulo Belote / TV Globo/Divulgação
Quinzinho e Clemência não agradaram

As situações bizarras e sofríveis deixaram a comédia tão cinza como o resto da história. Já o núcleo de Lota (Paula Cohen) surpreendeu. A atriz formou um divertido triângulo amoroso com Ernani Moraes (Batista) e Roberta Rodrigues (Lupita). 

Fabio Rocha / TV Globo/Divulgação
Batista e Lota renderam cenas divertidas



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