Noveleiros
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Estreia de "Pantanal" trouxe de volta as velhas fórmulas do folhetim
Exatos 10 anos separam a estreia de Avenida Brasil do primeiro capítulo de Pantanal. A trama de João Emanuel Carneiro fez história e parecia ter vindo para mudar o jeito de fazer novela, imprimindo mais dinamismo, reviravoltas e um ritmo quase alucinante a cada capítulo. Porém, a julgar pelas histórias que estão no ar, o que se vê é a volta de velhas fórmulas do folhetim.
Do romance açucarado de Além da Ilusão, às 18h, passando pela comédia com ares de surrealismo de Quanto Mais Vida, Melhor!, às 19h, as tramas atuais respiram nostalgia. E, pela estreia da nova versão de Pantanal, confirma-se uma busca pelo que fazia sucesso décadas atrás: o bom e velho "novelão". O autor Bruno Luperi tem se mantido fiel ao estilo de seu avô, Benedito Ruy Barbosa, e não à toa, a nova trama das 21h tem muito das histórias que roubaram a cena nos anos 1990.
Grandes atuações
Pantanal já chegou mostrando que mantém o foco no que realmente importa: as atuações. Disso, o público não tem do que reclamar. Juliana Paes entregou cenas viscerais logo nos primeiros capítulos, como a sofrida Maria Marruá. A atriz tem como companheiro o ótimo Enrique Diaz, como Gil, em uma dobradinha de emocionar. Sem palavras para Irandhir Santos, que some por um tempo, já que Joventino desaparece misteriosamente, mas volta na segunda fase, com outro personagem. Sorte nossa, que só temos a ganhar com tanto talento na telinha.