Nova decisão
Justiça bloqueia R$ 7 milhões de Belo por conta de dívida com Denílson
Processo entre ex-jogador e cantor, que eram amigos, vem se estendo há quase 20 anos
A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 7 milhões do cantor Belo. O valor é referente ao pagamento por um show que será realizado em 20 de agosto com Thiaguinho no Estádio do Pacaembu. A decisão foi publicada na terça-feira (19) e está ligada a uma dívida do músico com o ex-jogador e apresentador Denílson.
Conforme a determinação, as empresas responsáveis pela venda dos ingressos para a apresentação do dia 20 deverão realizar o depósito judicial "até o limite do valor incontroverso do débito", que seria de R$ 7 milhões atualmente.
O montante diz respeito a um processo envolvendo a saída de Belo do Soweto, grupo que era empresariado por Denílson, que à época também havia adquirido direitos sobre as produções da banda.
A decisão de Belo de seguir carreira solo e abandonar o conjunto configurou quebra de contrato, gerando um processo que se estende na Justiça por cerca de 20 anos. Em 2004, uma decisão favorável a Denílson condenou o pagodeiro a indenizar o ex-jogador. Porém, o pagamento nunca foi feito.
Em participação no podcast Flow Sport Clube, em outubro do ano passado, Denílson comentou o assunto:
— O cara vive a vida normal, está por aí e está lindo para ele. Acho que tem gente que tem esse perfil, de achar que o certo é o errado. E a gente vive em um mundo em que você faz isso e está tudo bem. Mas não é. Não está tudo bem. Está tudo errado.
Em fevereiro deste ano, outra decisão da Justiça de São Paulo confiscou ganhos de Belo em plataformas de streaming de música devido a uma dívida de R$ 870 mil. O processo foi movido por um produtor de eventos que contratou Belo para um show em 2010, mas o artista não compareceu nem deu justificativa para a ausência.
Segundo o produtor, o não comparecimento do cantor teria gerado confusão na plateia, brigas, depredação do local, invasões e saques. Por conta disso, a Justiça determinou o ressarcimento por danos causados. Na época, a assessoria do artista não se pronunciou.