A Justiça do Rio de Janeiro negou liminar para a atriz Klara Castanho contra a youtuber Antonia Fontenelle. Castanho pedia a retirada das declarações feitas por Fontenelle sobre ela, no último dia 24 de junho, do YouTube. As informações são do colunista do jornal O Globo Ancelmo Gois. 

De acordo com o colunista, a Justiça entendeu que a determinação para retirar as declarações da Fontenelle seria "uma espécie de censura". A ação prosseguiria agora com o pedido de indenização. 

O caso ganhou repercussão nacional após Fontenelle divulgar, com duras críticas, que a atriz de 21 anos teria entregue para adoção uma criança recém-nascida. 

Em uma carta aberta publicada em suas redes sociais após as declarações da youtuber, Klara Castanho revelou que havia sido estuprada e engravidado. A atriz contou ainda que decidiu manter a gestação e que, respeitando todos os trâmites legais, entregou a criança para adoção. 

Castanho não queria tornar a situação pública — direito previsto em lei —, mas diante da exposição do caso pela youtuber acabou detalhando os fatos.  "Não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e um trauma que sofri", afirmou ela. "Esse é o relato mais difícil da minha vida. Pensei que levaria essa dor e esse peso somente comigo", concluiu, na carta aberta.