Noveleiros
Relembre 10 personagens da ficção que são figuras paternas exemplares
Em celebração ao Dia dos Pais, confira tipos que são os "queridões" da telinha
Os melhores conselhos, o abraço apertado, o consolo quando o mundo parece estar desabando: na ficção ou na vida real, todo mundo precisa de uma figura paterna que esteja presente nos melhores e piores momentos. Por isso, entrando no clima paternal deste domingo (14), destacamos alguns personagens que, mesmo sem laços de sangue, têm o coração sempre aberto e cheio de amor.
Velho do Rio (Osmar Prado)
Em Pantanal, o único que consegue amansar Juma (Alanis Guillen) é o Velho do Rio (Osmar Prado). A moça vive dizendo que o guardião da natureza a protege “desde pitica”, que a pegava pela mão e contava sobre as coisas da vida. E não é essa a principal tarefa de um pai? Órfã desde bebê, Juma teve a figura paterna mais especial de todas, e não à toa dedica a ele seu lado mais doce e frágil. O Velho também tenta – ainda que nem sempre consiga – guiar os passos do neto Joventino (Jesuíta Barbosa), mas muitas vezes esbarra na teimosia do rapaz.
Tio Zé (Elias Gleizer)
Uma guriazinha carente de afeto e um velhinho cheio de amor para dar. Essa equação rendeu cenas emocionantes na novela Sonho Meu (1993), que mostrou a profunda ligação entre a pequena Maria Carolina (Carolina Pavanelli) e Tio Zé (Elias Gleizer, 1934 – 2015). Enquanto fugia de adultos malvados e ambiciosos, a menina sempre podia contar com o colo de seu amigão, que a chamava carinhosamente de Laleska – bonequinha, em polonês.
Lineu (Marco Nanini)
“Seu Lineu”, “paiê”, “popozão”... O patriarca de A Grande Família teve muitos apelidos ao longo das 14 temporadas, mas o carinho e a proteção sempre foram os mesmos. Além dos filhos Bebel (Guta Stresser) e Tuco (Lúcio Mauro Filho), o personagem de Marco Nanini estendeu seus cuidados paternos para o genro, Agostinho (Pedro Cardoso), as diversas pretendentes de Tuco e, já nas últimas temporadas, ao neto, Florianinho (Vinícius Moreno). O que não faltaram durante os episódios foram confusões e algumas enrascadas quase impossíveis de superar, mas nada que o grande paizão não conseguisse resolver no final.
Shankar (Lima Duarte)
Caminho das Índias (2009), no ar no canal Viva, mostrava um pouco da cultura de um país dividido em castas, onde a ascensão social é impossível e pessoas de diferentes origens não se misturam. Desafiando as tradições, Shankar (Lima Duarte), um brâmane – casta mais elevada da Índia – defendia e protegia os dálits – intocáveis, impuros, de casta inferior. Shankar adotou e criou como filho o jovem dálit Bahuan (Marcio Garcia), mesmo sabendo que a relação seria rechaçada pela sociedade local.
Bruno (Malvino Salvador)
O mundo de Bruno (Malvino Salvador) caiu quando ele perdeu a esposa e a filha de uma só vez em um parto complicado em Amor à Vida (2013). Porém, no mesmo dia, o destino colocou em seu caminho uma criança recém-nascida, que havia sido abandonada em uma caçamba de lixo. Foi assim que começou uma relação forte entre Bruno e Paulinha (Klara Castanho), mais forte do que se tivessem qualquer ligação genética. Anos depois, o destino agiu novamente para aproximar o rapaz de Paloma (Paolla Oliveira), mãe da menina. A família ficou completa, ainda que por caminhos tortuosos.
Tide (Tarcísio Meira)
Os conselhos e broncas de Tide (Tarcísio Meira, 1935 – 2021), em Páginas da Vida (2006), não ficavam restritos aos seis filhos. A família, que já era enorme, ficava ainda maior se contabilizarmos genros, noras, netos, empregados e amigos de longa data. O certo é que boa parte do elenco se refugiava na mansão dos Andrade, palco de cenas emocionantes, mas também de grandes barracos.
Tufão (Murilo Benício)
Se Carminha (Adriana Esteves) estava longe de ser uma figura maternal, Tufão (Murilo Benício) era só coração em Avenida Brasil (2012). Mesmo sem filhos biológicos, o ex-jogador adotou Jorginho (Cauã Reymond) e criou como se fosse sua a pequena Ágata (Karol Lannes), que na verdade era fruto da traição de Carminha com o pilantra Max (Marcello Novaes). Quando a situação se complicava, Tufão tomava a frente até dos problemas dos pais, Leleco (Marcos Caruso) e Muricy (Eliane Giardini).
Osvaldo (Marcos Caruso)
Em Quanto Mais Vida, Melhor! (2021), os primeiros dribles, o início da carreira no futebol, as primeiras decepções – e confusões – amorosas, tudo na trajetória de Neném (Vladimir Brichta) foi presenciado por Osvaldo (Marcos Caruso), seu treinador, empresário, amigo e pai de coração. Nem sempre o jogador ouvia os sábios conselhos de seu mentor e, justamente por isso, se envolvia em tantas situações de vida e morte.
Calixto (Pedro Paulo Rangel)
Na novela O Cravo e a Rosa (2000), exibida em edição especial na Globo atualmente, Petruchio (Eduardo Moscovis) não tinha os pais vivos, mas era cercado por uma verdadeira família em sua fazenda. Quem mais sofria com a teimosia do patrão era Calixto (Pedro Paulo Rangel), que tentava, sem sucesso, demover o cabeça-dura das decisões erradas.
Shiva (Miguel Rômulo)
Não há idade para o instinto paterno dar as caras. No caso de Shiva (Miguel Rômulo), em A Favorita (2008), no ar atualmente no Vale a Pena Ver de Novo, foi ainda na adolescência. Apaixonado por Mariana (Clarice Falcão), o jovem não pensou duas vezes e assumiu o bebê da amada, sem querer saber de que forma a gravidez aconteceu.