Aos 23 anos
Saiba por onde anda Joana Mocarzel, a Clarinha de "Páginas da Vida"
Novela de Manoel Carlos entra para o catálogo do Globoplay nesta segunda
Quando tinha apenas sete anos, Joana Mocarzel roubou a cena como a pequena Clarinha em Páginas da Vida, novela de 2006 que entra nesta segunda-feira (15) para o catálogo do Globoplay. Escrita por Manoel Carlos, a trama botou em pauta a discriminação contra pessoas com deficiência por meio da personagem.
Filha de Nanda (Fernanda Vasconcellos), que morre no parto, Clara tem síndrome de Down, assim como a Joana, e é rejeitada pela avó, Marta (Lilia Cabral). A pequena, então, acaba sendo adotada pela médica Helena (Regina Duarte).
Ao longo da novela, as duas enfrentam inúmeras situações discriminatórias, especialmente quando a mãe vai matricular a filha em uma escola. Mais tarde, ela conhece o irmão gêmeo, Francisco (Gabriel Kaufman), e os dois começam a presenciar aparições do espírito de Nanda, a quem Clarinha chamava de "moça bonita".
Na época, a personagem caiu nas graças do público. A atriz recebeu uma homenagem do Senado Federal, foi selecionada para lista dos cem brasileiros mais influentes de 2007 da revista IstoÉ e inspirou até a criação da primeira boneca feita no Brasil com características da síndrome de Down.
Hoje, Joana está com 23 anos e relembra a época da novela com carinho.
— Eu cresci, mudei bastante, agora eu sou uma “moça bonita”. Acho o máximo que (essa frase) tenha ficado popular na época. Eu não tinha fala para decorar, estava solta, tudo que eu dizia era bem espontâneo — contou a ex-atriz, em entrevista ao jornal Extra em novembro de 2021.
Após o fim da novela, em 2007, ela seguiu fazendo teatro. Atuou na peça Reizinho Mandão e fez o curso infantojuvenil no Teatro Escola Célia Helena, em São Paulo.
Em 2019, Joana concluiu o Ensino Médio. Entre os planos para o futuro, ela pretende investir na carreira de atriz para voltar à TV:
— Não surgiram mais convites, mas gostaria muito de fazer novela. Acho que ainda faltam oportunidades, sim. Na minha opinião, ainda há muito preconceito e desinformação sobre a síndrome de Down — disse, também ao Extra.
Paralelamente, Joana quer seguir a carreira de influenciadora digital.
— Tenho buscado usar meu Instagram para mostrar que levo uma vida normal. Acho importante para desconstruir a desinformação que muitos têm sobre a síndrome de Down — refletiu ela, que tem mais de 32 mil seguidores na rede social.
Joana costuma compartilhar com seus seguidores relatos de seu dia a dia. Ela também relembra alguns momentos de Páginas da Vida e faz posts de propaganda de algumas marcas.