Falando de Sexo
Dia do Sexo: precisamos falar sobre isso
Mais do que o prazer, há questões de saúde envolvidas na prática

Hoje, celebramos o Dia do Sexo. É um momento oportuno para lembrar que questões ligadas à sexualidade têm muito a ver com a nossa saúde como um todo.
Talvez você lembre das crônicas de Nelson Rodrigues (1912 – 1980), com seus pequenos delitos morais que ferem idealismos dos costumes, em A Vida como Ela É (textos que viraram seriado de TV). Pois o sexo se assemelha, e muito, ao cotidiano. Afinal, sexo não é vida?
Entre tabus e escrúpulos, chegamos em 2022 sem solucionar obstáculos milenares. E talvez o maior deles ainda seja a dificuldade de falar. Quando a fala é calada, sobressai o chavão – aquele clichê que assombra as fantasias mais infantis por reconhecimento e aceitação. “Meu pênis é muito pequeno” ou “não consigo chegar ao orgasmo” – crenças que nos impedem de nos responsabilizarmos pelo prazer ali compartilhado. Esse é o sexo que dói.
Passo a passo
Mas o prazer compartilhado não é aquele que cobra ou se cobra: é, antes, aquela brincadeira de estar com o outro, se divertir com o corpo alheio e com o seu, deliciar-se no diferente... E, de repente, descobrir o próprio desejo! O pacto é não moralizar o desejo, para que sobrevenha o prazer, construído passo a passo, desde o primeiro encontro até o convite para entrar só um pouquinho. Esse é o sexo que se constrói. E quando se constrói, não se teme: essa casa foi erguida a quatro mãos dadas.