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Festa da leitura

68ª Feira do Livro de Porto Alegre começa nesta sexta-feira de olho no futuro e celebrando os 250 anos da Capital

Evento terá 71 expositores e realizará sessões de autógrafos, bate-papos e outras atividades

28/10/2022 - 11h04min

Atualizada em: 28/10/2022 - 11h06min


William Mansque
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Mateus Bruxel / Agencia RBS

A festa do livro. Ou mais uma festa para celebrar os 250 anos de Porto Alegre. Para decretar a retomada plena de um evento-símbolo da cidade. Uma celebração para instigar novos leitores. Uma feira para vislumbrar o futuro.

A partir desta sexta-feira (28), a 68ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre passa a ocupar a Praça da Alfândega, no Centro Histórico e em trechos da Rua dos Andradas, Travessa Sepúlveda e Rua Cassiano Nascimento, além de espaços culturais. O evento será realizado até o dia 15 de novembro, com a área infantil e juvenil funcionando das 10h às 20h, e a área geral, das 12h30min às 20h. A programação completa pode ser conferida no site oficial.

Tendo o poeta Carlos Nejar como patrono, a Feira volta a ser completamente presencial, depois de dois anos em formato digital ou híbrido. Em 2021, a programação com a presença de público foi limitada a sessões de autógrafos e contações de histórias e espetáculos de teatro para a primeira infância, pois a pandemia ainda estava em sua fase aguda.

Desta vez, serão 1.001 eventos em 18 dias: 546 sessões de autógrafos, 379 atividades na área infantil e juvenil e 76 na área adulta. Haverá bate-papos, palestras, saraus, oficinas e sessões de autógrafos, sempre tendo o livro como mote. Tudo gratuito. 

Muitas dessas atividades terão Porto Alegre como tema, já que a 68ª edição da Feira presta tributo aos 250 anos da Capital — completados em 26 de março. Afinal, o evento leva o nome da cidade desde 1955 e o propaga para o mundo inteiro.

— Hoje, a Feira está no rol dos eventos literários mais importantes do mundo — garante Maximiliano Ledur, presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL), entidade que organiza o evento. — Somos convidados em diversas ocasiões para debater questões do livro, no âmbito nacional e internacional. É uma feira muito popular, que divulga a cidade. 

Além de fechar as comemorações do aniversário de Porto Alegre, a 68ª Feira seguirá pondo em prática um de seus principais motes de sete décadas: instigar o leitor mais jovem. A área infantil e juvenil contará com a participação de 67 escritores, sendo 40 de outros Estados. Serão 38 encontros do ciclo O Autor no Palco, no Teatro Carlos Urbim — atividade voltada a estudantes dos ensinos fundamental e médio. Nos finais de semana, o espaço abrigará espetáculos infantis e concertos musicais. 

— Habituando as crianças a lerem agora, forma-se um leitor depois. Não apenas um consumidor de livros, mas alguém com aptidão para a leitura em geral — destaca Ledur. — Trabalhando nas idades iniciais, teremos um cidadão mais informado e buscando cada vez mais. Esse é o grande papel da Feira: popularizar a leitura desde a primeira infância.

Futuro

No ano passado, a realização da Feira foi na base do sufoco. A Câmara de Vereadores cancelou um patrocínio previsto ao evento a poucas semanas de seu início — sem essa verba, havia o risco de as bancas ficarem sem cobertura contra chuva. O Legislativo municipal voltou atrás, mas cedendo metade do valor original.

A expectativa é otimista para 2022, já que a Feira cresce em expositores em comparação ao ano passado: de 56 para 71. Embora houvesse uma corrida contra o tempo atrás de patrocinadores — o financiamento pela Lei Rouanet só foi aprovado em agosto —, Ledur afirma que não houve maiores problemas na viabilização do evento.

O presidente da CRL frisa que, na semana seguinte ao término da Feira, a edição de 2023 começará a ser planejada. Um de seus desejos para o ano que vem é a implementação do Vale Livro — cartão que disponibilizaria R$ 50 a estudantes e professores da rede pública para utilizarem na compra de livros, projeto que foi utilizado na Bienal Internacional do Livro de São Paulo. A ideia também é trabalhar em uma Feira com ainda mais atrações para garantir mais público e, consequentemente, formar mais leitores. 

— Vamos ter um número maior de expositores no ano que vem, provavelmente. Seria bacana termos o Cais de volta para a área infantil. Foi um sucesso quando teve, só que vai depender também de como vai se portar o mercado durante o ano e também os nossos projetos — explica Ledur.


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