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Além do Reggae: com 20 anos de estrada, Banda Feitoria conta com a experiência de seus integrantes para propor mistura de ritmos

Grupo de Lajeado quer levar seu som para todo o Estado

27/12/2022 - 12h08min


Douglas Kerber / Divulgação
Banda completou 20 anos em 2022.

Com Felipe Beleza e Max Lima nos vocais, Vini Escobar na guitarra, Guilherme Escobar no baixo, Tiago Finório na bateria e Dj Bira, a banda Feitoria está escalada para levar uma mistura de reggae, rock e punk rock aos palcos. O grupo musical de Lajeado, no Vale do Taquari, está há 20 anos na estrada. 

– A Feitoria começou com um projeto de banda cover nos anos 1990. Mas, depois, em 2001, 2002, juntamos uma galera com ideia de fazer música autoral – conta o vocalista Felipe. 

Em 2001, nasceu a primeira música, que atravessou o mundo após o seu lançamento. Amarelo Dedo tocou em rádios do interior do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além de chegar, inclusive, no Japão. 

– Cheguei na primeira reunião com um violão e a ideia da música que seria gravada, Amarelo Dedo. Ela tomou uma proporção gigantesca na época – relembra Felipe. 

Os anos seguintes foram movimentados para a banda. Em 2003, a Feitoria lançou seu primeiro álbum. Cinco anos depois, Felipe deixou o grupo para morar fora do país. Já em 2011, o segundo disco foi lançado. 

– De 2010 para cá, começamos a achar o nosso som, sabe? As pessoas passaram a escutar a música e identificar que era a Feitoria. Temos um som bem próprio, acho que isso é o principal de qualquer banda, achar uma identidade – explica o guitarrista e vocalista Max.

Influências

Com vertentes de outros estilos musicais, a Feitoria une as diferentes influências de seus integrantes para produzir seu reggae bem característico, com sons mais puxados ao rock. 

– É uma banda de reggae formada por pessoas que não são reggaeiras, que vêm de experiências mais pesadas. Transitamos pelos estilos, não gostamos de dizer que somos uma banda apenas de reggae, limita muito o que a gente é – afirmam Max e Felipe. 

Essa mistura de ritmos e origens distintas de cada um na música tornam o som da Feitoria único. 

– Nossa levada de baixo e batera tem um pouco de Red Hot Chilli Peppers, um som mais pesado que remete ao Rappa e ao Ultramen também, além do roots do Natiruts. Exatamente essa mistura que faz nosso som – pontua Max. 

Ao longo de duas décadas, a Feitoria passou por diversos obstáculos. Apesar de estar consolidada no interior do Estado, a banda ainda encontra dificuldades para levar sua música à Capital. 

– Amarelo Dedo chegou a tocar algumas vezes na (rádio) Atlântida, quando foi lançada. Mas é complicado uma banda do Interior entrar na Capital, né? Ninguém vai lotar o Araújo Viana para te ver, o pessoal não conhece nosso show – aponta Felipe. 

A Feitoria se reinventa diariamente para acompanhar as mudanças na indústria da música. Desde 2015, o grupo abandonou os álbuns e começou a lançar suas músicas nas plataformas digitais, com videoclipes. A chegada da pandemia trouxe novos desafios, e o distanciamento social fez com que o grupo mergulhasse de vez no mundo digital.  

– Foi complicado para todo mundo, né? Mas a gente se virou. Fizemos algumas lives, que era o que dava para fazer – relembra Max. 

O pós-pandemia tem sido animador para banda. Além do retorno de Felipe, a Feitoria tem diversas apresentações marcadas e projeta um 2023 de muitas novidades. 

– Estamos bem pilhados para 2023. Acabamos de lançar Depois da Chuva, que traz uma mensagem bacana pós- pandemia, e estamos produzindo novas músicas e videoclipes. Temos agenda agora no fim do ano e algumas datas em fevereiro e março também – diz Max. 

Como sonho, os músicos destacam que gostariam de tocar no Planeta Atlântida, maior festival de música do sul do Brasil. 

– Estamos trabalhando, produzindo, preparando show para chegar lá, pisar no palco do Planeta. E tem aquele velho clichê: toda banda sonha em levar seu som para o maior número de pessoas possíveis – finaliza Felipe.

Pitaco de Quem Entende

O cantor Claus, da dlupa com Vanessa, avalia o trabalho da banda:

– A diversificação de ritmos, do reggae com o pop, é muito boa. Uma vibe muito zen, que todo mundo gosta.

AQUI, O ESPAÇO É TODO SEU!

Para participar da seção, mande um histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas, vídeos e um telefone para lucas.oliveira@diariogaucho.com.br.

/// Para falar com a artista, ligue para (51) 9598-4952.

Produção: Lucas de Oliveira.


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