Com Luiz Henrique Carvalho, 30 anos, na bateria, Felipe Carvalho, 28, no baixo, e Marcel Gorski, 33, nos vocais, a banda Trevoah se prepara para um período de muitos projetos. Há 14 anos na estrada, o grupo musical mistura gêneros e referências para produzir seu som. 

Luiz Henrique, o LH, e Felipe, o Fê, são irmãos e dividem a paixão pela música na família. Em 2009, ao lado de outros dois colegas, eles criaram a Trevoah para participar de um festival no colégio. 

– Sempre tentamos ser o mais profissional possível, lançamos um disco naquele ano. Em 2011, lançamos o segundo álbum –relembra Felipe.

Com o passar dos anos, a formação da banda sofreu alterações, mas o sonho de viver da música sempre se manteve vivo com LH e Fê. 

– O que mais nos manteve vivo, foi saber que por mais que a gente não tivesse tanta visualização, quem a gente alcança, a gente toca – destaca LH. 

Os integrantes da banda afirmam que a Trevoah atravessou cenários muito característicos e fortes da música brasileira ao longo dos anos, mas sempre esteve pronta para remar contra a maré. 

– Começamos no final de uma cena emo-core, nos anos 2000. Pouco tempo depois veio o pagode muito forte, com Exaltasamba. Ainda teve aquele boom estrondoso do sertanejo universitário. O mercado acaba te amassando, se tu não faz ou consome esse tipo de música, tu não tens para onde correr – diz LH.

Adaptação

A pandemia impactou e mudou, profundamente, a banda. LH e Fê precisaram se reinventar para manter a Trevoah viva. 

– Enquanto banda, ficou apenas eu e o LH, e nós começamos a movimentar as redes. Mesmo com tudo parado, era muito difícil para nós desistir da Trevoah, desistir da música – pontua Fê. 

Sozinhos à frente do grupo, os irmãos realizaram algumas lives com outros artistas e apostaram na aproximação com o público nas redes sociais para manter a banda ativa. 

– Não ganhamos nenhum centavo com a música durante a pandemia. Em contrapartida, crescemos muito nas redes. Durante a madrugada, mandávamos mensagens para cada seguidor, agradecendo e falando sobre a banda – destaca Fê.

Foi durante a pandemia que Marcel assumiu oficialmente o posto de vocalista da Trevoah, marcando um nova fase. O integrante chegou como uma aposta para levar ainda mais diversidade, representatividade e posicionamento à banda. 

– Marcel, nosso frontmen, é sinônimo de representatividade e de forma imponente. Então, agora, estamos seguindo para uma Trevoah com mais identidade, com posicionamento, com uma mensagem – explica LH. 

O baterista ainda destaca que o single Quero que se Dane, que será lançado em breve, é um exemplo desta nova fase da banda. Segundo ele, a mensagem está no nome da música, reforçando que é um momento de se posicionar e não deixar nada passar. 

Inspirados em Coldplay, Glória Groove, Queen, Whitney Houston, Bon Jovi e Priscila Alcântara, o trio aposta na mistura de referências para criar o repertório. 

– Nosso som é uma mescla de várias fluências totalmente diferentes, desde o pagode, ao trap, o pop. Nós escutamos músicas complexas, então o que define o som da Trevoah é a complexidade cultural – explica Marcel.

Ano promissor

A banda já conta com três singles gravados e com videoclipes prontos, que devem ser lançados ainda no primeiro semestre deste ano. O grupo ainda sonha em tocar em festivais como Planeta Atlântida, Rock in Rio, Lollapalooza e até em dividir os microfones com a Beyoncé. 

– É o mesmo valor tu pensar alto e pensar baixo, em algum lugar tu vai atingir, então eu penso grande. Toca na lua, que pelo menos uma estrela tu vai atingir – projeta Marcel.

Hoje, a banda deve lançar o clipe da música Cheia de Maldade, uma das músicas de destaque do trio.

Pitaco de Quem Entende

O cantor Claus comenta o trabalho da banda: 

– A Banda Trevoah, nós conhecemos há um bom tempo, e acompanhamos o crescimento e as mudanças, de estilo e conceitos. Eles têm muito talento e têm tudo pra decolar. Estão sempre buscando evoluir.

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/// Para falar com a artista, ligue para (51) 98157-8817.

*Produção: Lucas de Oliveira.