Noveleiros
Michele Vaz Pradella: sobrou ação, faltou emoção em "Cara e Coragem"
Trama de Claudia Souto chega ao fim nesta sexta-feira
Cara e Coragem chegou ao fim com momentos de tirar o fôlego e reviravoltas até o último capítulo. Mas, ainda que tivesse dublês como personagens centrais, a ação ocupou espaço demais na história. A sensação é de que ficou faltando alguma coisa.
É claro que foi legal acompanhar o trabalho eletrizante de Pat (Paolla Oliveira) e Moa (Marcelo Serrado), uma ou outra cena dos dois no ambiente profissional seria mais do que compreensível. O problema foi a repetição de sequências desse tipo, às vezes até ofuscando a história de amor do casal. Era bem mais interessante acompanhar a grande família que os dois formaram, incluindo o ex dela, Alfredo (Carmo Dalla Vecchia), e a ex dele, Rebeca (Mariana Santos). Uma graça também eram as cenas do elenco infantil: Gui (Diogo Caruso), Sossô (Alice Camargo) e Chiquinho (Guilherme Tavares) eram fofos demais juntos.
O drama familiar de Lou (Vitória Bohn) foi bem amarrado e rendeu ótimas cenas. Sem nunca ter sido reconhecida pelo pai, Joca (Leopoldo Pacheco), ela se aproximou de Pat para conhecer melhor a irmã. Com a revelação do parentesco, Paolla e Vitória emocionaram o público ao estreitar ainda mais os laços que já as unia.
E se tudo começou com os mistérios envolvendo Clarice (Taís Araujo) e sua sósia, Anita, a trama ficou tão intrincada que ficou difícil para o telespectador entender o desenrolar das investigações. A novela inteira perdeu tempo demais no mistério quando poderia ter investido mais nos romances _ Italo (Paulo Lessa) e Jonathan (Guilherme Weber) se envolveram com Clarice e Anita. O ingrediente principal de qualquer folhetim ficou faltando: emoção.