Estrelas da Periferia
O teu sorriso vale a música deles: Banda Dublê é sucesso garantido nos eventos pode onde passa
Do rock ao pop, grupo mescla ritmos em releituras musicais
Com Dino Esteves, 50 anos, na guitarra, Sergio Gautche, 40, na bateria e um trio de vocais com Cristina Todeschini, 28, Jonatha Michels, 28, e Sofhia Moresco, 21, a Banda Dublê é garantia diversão, boa música e sorrisos. Criada em 1995, o grupo se propõe a fazer releituras de músicas de outros artistas.
– Éramos todos amigos, de duas bandas de hard rock diferentes. Em 1995, inventamos de fazer uma banda para animar festa, tocar música dos outros na noite. Inicialmente, foi uma festa, mas depois apareceu outra e assim foi – relembra Dino Esteves, único remanescente da primeira formação.
A ideia agradou o guitarrista, que gravou um vídeo cassete com imagens da banda e distribuiu em bares da Capital e Região Metropolitana. Logo, a Dublê se tornou sucesso em todos os cantos do Estado.
– Algumas pessoas nos ouviram nos bares e perguntaram se a gente tocava em casamentos. Eu respondi que a banda tocava onde fossem nos pagar. Então fizemos nosso primeiro casamento, foi lindo – conta Dino.
Com figurinos pensados para cada evento, releituras dignas de produções autorais, brincadeiras e muita diversão, a Dublê foca no entretenimento e alegria do público.
– A gente diverte as pessoas, faz elas esquecerem os problemas enquanto estamos no palco. Tentamos atrair o máximo de atenção de todos. Esse é nosso foco, até hoje. Brincadeiras, boa música e figurinos – revela Dino.
Dificuldades
Apesar de arrancar sorrisos por onde passa, a banda teve que enfrentar diversos obstáculos desde sua criação. De acordo com o guitarrista, no início dos anos 2000, duvidaram da capacidade da banda por falta de músicas autorais:
– Falavam que a gente não tinha capacidade de fazer música autoral e, por isso, tocamos as dos outros. Não é o caso. Nós criamos releituras, mudamos completamente algumas músicas, é uma criação.
Já consolidada no mercado, a Dublê precisou se reinventar durante a pandemia da covid-19.
– Foi fogo, né? Como empresa, tem gastos. Tinha o aluguel do box para deixar os instrumentos e não tinha como ganhar dinheiro. A banda mudou 70%, reformulamos tudo, esse foi o impacto principal – conta Sergio, ressaltando que a formação atual do grupo surgiu durante esse período:
– Não tinha estúdio, a gente ensaiava na sala do Dino. Reuniões eram por WhatsApp, a gente nem se conhecia tanto e realizamos uma live, que, sinceramente, é complicado porque não tem o calor do público. No fim, deu tudo muito certo.
Retomada
Em 2022, a Dublê realizou 32 shows, oito a menos do que 2019, último ano antes da pandemia, o que é considerado pela banda uma boa margem. Para este ano, a meta é dobrar o número de apresentações.
Cada integrante tem suas referências musicais: Sergio é adorador da música brasileira, enquanto Dino é fã de hard-rock, e o trio de vocais voltado para o pop.
– Essa mistura ajuda, mesclamos tudo e encontramos uma reta para seguir. Esse é legal. Pegamos ideias loucas, tudo vale, e criamos algo – diz Sergio.
Apesar disso, existe uma unanimidade: Queen. Além das interações de Freddie Mercury com o público, a Dublê criou uma releitura unindo Bohemian Rhapsody e É O Amor, de Zezé Di Camargo & Luciano.
– O público quebra né, todo mundo se diverte. É algo inesperado, uma brincadeira, a cara da Dublê – revela Dino.
Pitaco de Quem Entende
O comunicador da rádio 92 (92.1 FM) Hans Ancina fala sobre a banda:
– Andar por diversos estilos, de diversas épocas e com tantas referências é algo que poucos artistas fazem bem, e a Dublê faz com excelência. Uma banda pra agradar todos os gostos.
AQUI, O ESPAÇO É TODO SEU!
Para participar da seção, mande um histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas, vídeos e um telefone para lucas.oliveira@diariogaucho.com.br.
Para falar com a artista, ligue para (51) 3516-4688.
*Produção: Lucas de Oliveira