Noveleiros
Michele Vaz Pradella: clichês que encantam e não perdem a validade
Nova trama das 18h traz Camila Queiroz como uma mocinha sofredora
Mocinha injustiçada, madrasta malvada, noivado desfeito, filho perdido... Não há muitas novidades na trama central de Amor Perfeito, novela das seis que estreou nesta semana. E, justamente por conta de tantos clichês, é que a história tem os encantos necessários para agradar ao público. Já comentei por aqui que há várias formas de se contar a mesma história, e sempre é possível dar outro foco para o que já parece familiar.
No caso de Amor Perfeito, o sofrimento de Marê (Camila Queiroz) dá o tom dos primeiros capítulos. Criada para assumir os negócios da família, ela encontra o amor nos braços de Orlando (Diogo Almeida). Ao enfrentar a família, romper o noivado de muitos anos com Gaspar (Thiago Lacerda) e ameaçar jogar tudo pro alto por amor, ela acabou tendo embates com o pai, Leonel (Paulo Gorgulho). O assassinato do ricaço, vítima da esposa, Gilda (Mariana Ximenes), é o começo do pesadelo de Marê. Acusada do crime, ela foi presa, acreditou que Orlando a havia abandonado e, na cadeia, descobriu que estava grávida. Um mar de lágrimas que ganha verdade por meio de Camila Queiroz, que volta à Globo após desentendimentos nos bastidores de Verdades Secretas 2. Sorte do público! A jovem atriz nasceu para viver uma mocinha sofredora.
Ruiva má
Para Mariana Ximenes, coube o papel mais interessante da novela: uma vilã fria, capaz de matar todos que atravessarem seu caminho. É o papel ideal para uma atriz talentosa como ela. Ao contrário de sua vilã anterior, a Clara de Passione (2010), Gilda parece não ter pontos fracos ou pitadas de sentimentalismo. É malvada e ponto. O povo já está pronto para amar odiá-la.