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Jornal britânico exalta representatividade negra em novelas da Globo

Reportagem do "The Guardian" destaca diversidade racial nos folhetins atuais

22/05/2023 - 15h44min

Atualizada em: 22/05/2023 - 15h56min


Michele Vaz Pradella
Michele Vaz Pradella
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João Miguel Júnior / TV Globo
Enfim, protagonistas: Diogo, Sheron, Samuel e Bárbara

As novelas da TV Globo ganharam destaque na imprensa internacional no final de semana. Em matéria publicada sábado, o jornal britânico The Guardian ressaltou que as três tramas no ar atualmente contam com protagonistas negros, além de uma diversidade racial abrangente em seus elencos.

Segundo a matéria, 56% da população brasileira se declara preta ou parda, no entanto, durante anos houve um predomínio de pessoas brancas nos papéis principais das novelas. Quando presentes em cena, atores negros foram retratados, na maioria das vezes, em papéis de submissão, como empregados ou escravos (no caso de tramas de época).

Reprodução

O The Guardian destaca o feito inédito de que a emissora exibe, pela primeira vez, personagens negros em papéis de destaque em todas as novelas. Em Amor Perfeito, Diogo Almeida interpreta o mocinho Orlando; Vai na Fé tem como casal protagonista Sheron Menezzes e Samuel de Assis, como Sol e Ben; na trama que acaba de estrear às 21h, Terra e Paixão, Bárbara Reis vive a corajosa Aline. Além disso, há outros negros em destaque nas respectivas tramas, com destaque para Vai na Fé, com 70% dos atores e atrizes mostrando a diversidade racial que compõe o Brasil.

A publicação lembra ainda de um caso recente da teledramaturgia brasileira que causou polêmica: em 2018, uma novela que se passava na Bahia era composta majoritariamente por atores brancos. Não é preciso pensar muito para perceber que se trata de Segundo Sol, cujos protagonistas eram Giovanna Antonelli e Emilio Dantas.

A jornalista finaliza dizendo que há um longo caminho pela frente, mas que as coisas já começaram a mudar. Finalmente, o povo brasileiro pode se enxergar na telinha, não mais como oprimidos e vencidos, mas como heróis e heroínas.


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