Natural de Tubarão, Santa Catarina, Kelly Santiago, 38 anos, mudou-se para Porto Alegre aos nove anos e vive a música desde pequena. Filha do cantor Rony, da dupla com Robson, ela cresceu em meio aos palcos e o mundo do sertanejo. 

– Quando eu tinha nove ou 10 anos, eu já o acompanhava nos shows. Eu já tinha esse amor muito forte pela música, pelo sertanejão raiz mesmo – relembra. 

Apesar da paixão pela música e a vontade de trilhar uma carreira, Kelly revela que tinha medo de cantar em frente ao pai. Porém, o desejo pela carreira era tão grande que a artista entrou em um grupo de jovens da igreja apenas para participar da banda. Na época, ela chegou a vencer um festival realizado no Opinião, tradicional casa de shows localizada na Cidade Baixa. 

– A partir daí, eu comecei a deslanchar realmente para a questão musical. Cantei em um evento privado e vi que realmente era isso que eu queria – conta. 

Kelly gravou seu primeiro CD em 2012, com diversas participações especiais:

– Contei com participação do Edson Dutra, do Serranos, do Sandro Coelho e do meu pai no primeiro CD. Aí foi, né? Depois fui para banda, voltei para solo, banda de baile e fui tocando a vida.

Pandemia

A chegada da pandemia de covid-19, em 2020, mudou os rumos da carreira de Kelly. A artista realizou algumas lives no início da quarentena, mas decidiu se dedicar aos seus outros negócios. 

– Eu tinha uma farmácia, em sociedade. Depois abri uma clínica veterinária e optei por focar nesses trabalhos. Mas a gente nunca se desliga da música, né? – explica. 

Neste período, Kelly revela que passou a cantar apenas por “prazer e paixão”, em ensaios sozinha no estúdio que mantém em casa. A retomada da carreira veio no fim do último ano. 

– Vendi minha parte da veterinária e fiquei pensando o que eu ia fazer. Aí, me apresentei em um show de um amigo e todos falaram que era hora de eu voltar. Desde então, tô full-time na música – conta. 

A artista lançou sua nova música de trabalho na última semana. Com ritmo alegre, A Mãe É Braba já está disponível em todas as plataformas digitais e conta com videoclipe no YouTube. 

– Tem dancinha para a galera fazer no TikTok, o refrão pega muito, é bem na pegada do que tá rolando agora. O clipe foi criado com takes que eu estou sozinha no estúdio e alguns gravados em um show que fiz em Porto Alegre – destaca.

Projetos

Inspirada em nomes como Chitãozinho & Xororó, Zé Rico, Ivete Sangalo e Rony, o próprio pai, Kelly acredita que a energia e o timbre sejam o seu grande diferencial: 

– Na balada o pessoal quer curtir, beijar na boca. É difícil manter a atenção, né? Mas eles vêm junto comigo, cantam, entrego uma energia incrível no palco. Querendo ou não, canto em uma tonalidade masculina, o que tem uma aceitação muito boa. 

A artista revela que está abrindo a agenda de shows para junho, e já conta com algumas datas fechadas. Uma das apresentações deve acontecer no pub 72 New York (Avenida Nova York, 72), em Porto Alegre, onde ela gravou takes de A Mãe É Braba. 

De acordo com Kelly, este ano ainda deve ter o lançamento de outras músicas inéditas e alguns covers. A artista destaca que sonha em gravar um DVD em Santa Catarina e cantar em Barretos, “para 70 mil pessoas”. 

– É um trabalho de formiguinha, vamos trabalhar música a música. Quero conhecer Goiânia, cantar com Wesley Safadão, Mari Fernández, Hugo e Guilherme, além de gravar um clipe com meu pai – projeta.

Pitaco de Quem Entende

O produtor Diego Garcia avalia o trabalho da artista:

– Não é à toa que Kelly vem se destacando na voz feminina do sertanejo, com ótimas parcerias e um audiovisual de tirar o fôlego.

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/// Para falar com a cantora, ligue para (51) 99538-2122.

Produção: Lucas de Oliveira