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Só se Fala Noutra Coisa!

Guri de Uruguaiana compara infância de antigamente com as crianças de hoje

Bagual também fala sobre perrengues por falta de grana

06/10/2023 - 15h24min


Fabrício Eckhard / Divulgação
Será que a minha infância foi muito bagual?

Chê! Em Outubro, celebramos o Dia das Crianças, no dia 12. Falando nisso, o meu avô Alaor disse assim: 

– Guri! A minha infância foi boa, graças a Anitta e Pabllo Vittar! 

Eu questionei o vovô: 

– Não, vô, mas no teu tempo, Anitta e Pabllo Vittar nem existiam! 

Ele respondeu: 

– Exatamente! 

Mas que barbaridade! 

Pior que é verdade né, chê? Eu sou contra essas modernidades. Hoje em dia, as crianças fazem oito anos e ganham um iPhone de presente. No meu tempo, o máximo que a gente ganhava era um chinelo, e ainda apanhava com o próprio presente! 

O mundo começou a dar errado quando inventaram a tal da Nutella! No meu tempo, só tinha doce de leite mesmo. Vinha numa bisnaga de plástico, que a gente passava o dia inteiro chupando pra economizar. Comia mais plástico do que doce! 

Essas crianças de hoje em dia não têm nem anticorpos. Claro, nunca se ralaram na brita, não se lenharam nos arames farpados das cercas, fugindo de boi brabo nos potreiros, não jogaram bola – de pés descalços – no meio das rosetas, não desceram morro dentro de um tonel. Por isso, essas crianças são assim hoje em dia! Têm intolerância à lactose, não podem com glúten... No meu tempo, a gente passava glúten no pão! Bah, coisa bem boa! 

Mas que barbaridade!

Endividado 

Fabrício Eckhard / Divulgação
Cortaram a água do fundo do poço e a luz do fim do túnel!

Chê! Eu estou tão endividado que, neste mês, cortaram a água do fundo do poço e a luz do fim do túnel! Mas que barbaridade! Sou tipo um político, só que ao contrário: ao invés de eu desviar o dinheiro, é o dinheiro que desvia de mim. Esses dias, o gerente do banco me ligou e ofereceu um cartão de crédito sem limite. Eu perguntei: 

– Mas é sem limite mesmo? 

Ele falou: 

– Sim, sem limite, sem saldo, sem crédito, sem nada! 

Esses dias, minha patroa veio do shopping com uma sacola cheia de roupas novas! Eu perguntei pra ela: 

– Mas pra que tanta roupa, Silvia Helena? 

Se o teu roupeiro já está esgualepado de tanta roupa? 

Ela respondeu: 

– É que o desconto estava muito grande! 

Aí, dei nos dedos: 

– Se não comprar, o desconto é maior ainda! 

No mês passado, eu reclamei que ela estava gastando muito em maquiagem. Ela disse: 

– Eu gasto em maquiagem pra ti me ver mais bonita. Pior é tu, que gasta em cerveja! 

Eu respondi: 

– Eu também gasto em cerveja pra te ver mais bonita! 

Bah! Resultado: dormi no sofá de novo… Que falta de opção!

TIRINHA

Artebiz / Divulgação



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