Estrelas da Periferia
Alemãozinho tinhoso: conheça o artista de Gravataí que diverte o público imitando os Mamonas Assassinas
Nos palcos da Região Metropolitana de Porto Alegre, Elder Freiberger libera sua energia com performances divertidas
Aqui no Diário Gaúcho, costumamos receber muitas mensagens de artistas que sonham em ter sua história contada na coluna Estrelas da Periferia. Desta vez, o pedido partiu de uma fã, que insistiu muito para que seu cantor favorito figurasse nesta página. Foram vários e-mails, um deles no qual a moça justificava a insistência: “Coração de fã é ansioso”. Pode comemorar, Rafaela, hoje o espaço é do seu ídolo: Elder Freiberger.
Nascido em Osório (“terra dos bons ventos”, lembra ele), Elder começou sua trajetória em 2001, na produção da Aeroporto Banda Show, que considera uma grande família. O trabalho era árduo, relembra:
– Carregava e montava todo o equipamento e, durante o show, era um dos bailarinos da banda. Após o show, desmontava e carregava tudo para o ônibus.
Aos poucos, os proprietários da banda, Guego e Noemi, deram oportunidade para que Elder assumisse os vocais e até gravasse algumas canções. Foi o ponto de partida para uma carreira na música.
Diferencial
Conhecido nos bares de Gravataí e da Região Metropolitana, Elder explica que o sucesso de suas apresentações vem de uma mistura boa: música, interação com o público, piadas, causos e tudo o que não pode faltar num bom tendel. Pra quem não sabe, tendel é sinônimo de bagunça, agitação, brincadeira. Não à toa, os shows do artista são conhecidos como "tendelaços", e o fã-clube fundado por Rafaela Jardim (a fã ansiosa do primeiro parágrafo) chama-se Os Tendeleiros.
– Ninguém fica parado nem fica sem dar muita risada. A galera fala que eu não vou só cantar, vou pra entender as pessoas. Canto todos os estilos com muita energia, carisma, esse é o diferencial – destaca Elder, que diz ainda ter ouvido do público que as pessoas saem mais leves e de alma lavada de seus shows.
Uma das atrações que ele leva ao palco é a performance dos Mamonas Assassinas. A inesquecível banda, cujos integrantes morreram em um acidente aéreo em 1996, é homenageada nas apresentações de Elder, com direito a trocas de roupas e muita nostalgia. Com fantasias e bastante irreverência, ele faz jus ao apelido de Alemãozinho Tinhoso, dado pelos fãs. No Instagram, também assina como Jacaré do Sul, alcunha que recebeu há alguns anos, enquanto passava férias na Bahia. Quando o viam dançar, outros turistas o compararam a Jacaré, do grupo É o Tchan.
A alegria que transborda do palco para a plateia é difícil de definir. Mas Elder tenta colocar em palavras essa avalanche de emoções:
– O palco é onde entrego tudo, onde me sinto muito bem, fazendo o que eu amo: levar alegria para as pessoas. E graças a Deus, estou conseguindo isso. Tenho feedback de pessoas com problemas depressivos que, depois de me assistir, dizem que a vida ficou mais leve, mais feliz e que, agora, não perdem nenhum "tendelaço". Então, no palco, posso falar que sou muito realizado.
Emocionado com a oportunidade de estar no DG, o artista não economiza nos agradecimentos:
– Queria agradecer a minha banda, que é diferenciada, ao fã-clube Os Tendeleiros (especialmente a fundadora, Rafaela Jardim), que fez e faz a diferença, a todos que acompanham nossos tendelaços. E, principalmente, à mulher que me incentiva e me ajuda nessa caminhada, a minha noiva, Brenda Buzatto.
Essa rede de apoio e carinho impulsiona Elder a galgar um degrau de cada vez, conquistando seu espaço e atingindo sonhos que até então estavam apenas em sua imaginação. Também incentiva o artista a buscar, futuramente, atingir outros objetivos.
– Sempre fui um sonhador. E graças a Deus, com muita humildade, estou realizando. Um exemplo: dar uma entrevista pra vocês (do Diário Gaúcho), era um sonho e, hoje, estou aqui... Então, quero ser reconhecido e poder levar o "tendelaço" Brasil afora e, assim, ter condições de ajudar muita gente e dar uma casa para a minha mãe – finaliza.
PITACO DE FÃ
Rafaela Jardim, presidente do fã-clube do artista, comenta sobre o trabalho do ídolo:
– Merece espaço, porque é muito mais do que um artista talentoso. Tem um coração gigante e uma humildade que faz dele um ser grandioso. Sou fã do artista e da pessoa!
AQUI, O ESPAÇO É TODO SEU!
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