Falando de Sexo
Lésbicas também podem pegar ISTs?
Independentemente do sexo do parceiro, os riscos de ISTs são reais
Tenho 19 anos, sou lésbica, não tenho namorada no momento, mas transo com muitas gurias. Quando eu fui no ginecologista, não falei sobre a minha orientação sexual pois tenho receio do preconceito. Pelo fato de eu ser lésbica, acho que não vou pegar nenhuma doença sexualmente transmissível, né?
Amiga, não é bem assim! A falsa crença de que mulheres lésbicas, bissexuais e homens trans estão menos propensos às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)prejudica a prevenção de saúde dessas pessoas. O contágio pode ocorrer por contato entre mucosa oral ou vaginal.
A transmissão entre o casal se dá por penetração vaginal, sexo oral, contato com sangue ou uso de acessórios sexuais. Portanto, independentemente do sexo do parceiro, os riscos de ISTs são reais.
Se proteja
Uma pesquisa recente mostrou que 76% das mulheres (independentemente de sua sexualidade) realizam consultas ginecológicas anualmente. Mas o índice cai para 47% quando falamos das mulheres que fazem sexo com mulheres.
E sim, a orientação heteronormativa do profissional de saúde pode ser uma barreira para uma assistência adequada de saúde.
O uso compartilhado de acessórios sem higienização adequada, o sexo oral ou a prática sexual vagina com vagina também podem alterar a flora vaginal, causando vaginose bacteriana. Não se trata de uma IST, porém, pode facilitar a entrada de outros agentes causadores de ISTs.