Em entrevista
Paolla Oliveira faz críticas sobre pressão estética: "Não quero mais as pessoas falando de mim"
Nos preparativos para o Carnaval, atriz diz que esse é um período de autodescobertas
Paolla Oliveira, 41 anos, falou sobre a relação com o próprio corpo e refletiu sobre pressão estética em entrevista à Marie Claire, publicada nesta quinta-feira (8). A atriz, que se prepara para desfilar na Sapucaí como rainha de bateria da Grande Rio, também comentou sobre o Carnaval ser visto como um período para realizar autodescobertas.
Recentemente, Paolla tem sido alvo de ataques direcionados ao próprio corpo nas redes sociais. De acordo com a atriz, o processo de construção da autoconfiança é algo constante diante das cobranças que as mulheres são submetidas no dia a dia. Dessa forma, para ela, o Carnaval é visto como um momento de liberdade para se permitir.
— A pressão está na vida: basta você ser mulher que você vai ter a pressão. Basta você ser mulher para ter o seu caráter ou credibilidade expostos, por conta da sua aparência ou da roupa que você veste. Essa descredibilização acontece na vida. Carnaval é um momento em que a gente tem um aval para que as coisas sejam diferentes. Tenho usado o Carnaval para descobrir coisas mais potentes em mim e levar para a minha vida. É isso que tenho falado para outras mulheres: sejam como vocês desejam e se gostem como a gente se gosta nesse período — disse à Marie Claire.
Com relação às criticas negativas que recebe sobre o corpo, ela afirma que não permite que os comentários sejam feitos ou que a afetem. Na entrevista, a atriz disse não é obrigada a tolerar declarações desagradáveis sem poder responder ou reagir.
— As mulheres, como um todo, se acostumam com determinadas coisas. Eu me desacostumei. Eu vinha acostumada de todo mundo apontar. Tinha uma hora em que eu estava muito dentro do padrão, outra hora estava fora, e falava: "A culpa é minha. As roupas de determinada marca não entram em mim, porque sou o problema". A hora em que comecei a colocar tudo isso em perspectiva, que tirei [esse peso] dos meus próprios ombros, isso foi ficando mais leve. A hora em que fui fazendo isso, pensei: "Quer saber? Não quero mais as pessoas falando de mim". Ninguém tem que falar. Não dei permissão para isso. Pode opinar sobre algumas coisas. Sobre o meu corpo, eu não dei liberdade. Vocês não têm permissão para falar. A objetificação do corpo da mulher parou por aí — declarou.